Preços dos ativos e política monetária : um estudo para os países emergentes no período 1990-2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nunes, Maurício Simiano
Orientador(a): Silva, Sérgio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/24936
Resumo: Nesta tese analisamos a influência dos preços dos ativos na condução da política monetária nos países emergentes no período de 1990 a 2006. Primeiramente, investigamos a presença de bolhas racionais nos preços das ações dos países emergentes através de testes de cointegração linear e não linear. Os resultados indicam a presença de bolhas racionais em pelo menos um dos testes realizados para cada um dos países estudados. Todavia, nossos resultados permitem concluir que as bolhas tendem a ser provocadas por fatores extrínsecos e não pela relação não linear intrínseca entre os preços das ações e os dividendos. Estudamos também a relação entre os retornos de mercado, inflação esperada e crescimento/hiato do produto, através de testes individuais e em conjunto utilizando modelos em painel linear e não linear. Em ambos verificamos que as variáveis financeiras carregam informações úteis, tanto direta como indireta, a respeito da inflação e do crescimento do produto, dentro ou fora da amostra. Por fim, investigamos se os preços dos ativos devem exercer um papel central nas decisões de política monetária, através de modelos GMM (individuais e em painel) e de otimização dinâmica. Os resultados indicam que a razão dividendo-preço e a taxa de câmbio real são bons instrumentos na função de reação dos bancos centrais dos países emergentes, porém não podemos concluir que estas variáveis devam ser utilizadas como argumentos nestas funções de reação. Os resultados também indicam que, nos países que optaram pelo regime de metas de inflação estrita, a melhor opção seria não considerar explicitamente os retornos das ações em suas funções de reação. Para bancos centrais atuando em regimes de metas de inflação com política monetária acomodatícia ou outro tipo de regime, a melhor opção seria considerar os preços das ações em suas funções de reação.