Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Pâmela Cristina Lukasewicz |
Orientador(a): |
Froehlich, Pedro Eduardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201180
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Resumo: |
Com o envelhecimento da população brasileira, o número de doenças crônicas vem aumentando, entre as quais se destaca a insuficiência renal. O tratamento recomendado é o transplante renal. Uma das principais preocupações do transplante é o alto risco de rejeição, por isso é necessário o uso de imunossupressores que diminuem a atividade do sistema imunológico. Um dos principais fármacos utilizado na terapia de imunossupressão é o micofenolato de mofetila (MMF), um potente inibidor seletivo, não competitivo e reversível da desidrogenase inosina-monofosfato (IMPDH) que atua inibindo a síntese de guanina, provocando uma diminuição da taxa de proliferação. Os imunossupressores estão relacionados a muitos efeitos secundários, sendo necessário um monitoramento terapêutico, a principal matriz utilizada é o plasma. Porém, o uso do fluido oral vem aumentando, por não necessitar de coleta invasiva e pessoal especializado para tal. Um método de cromatografia líquida acoplado ao espectrômetro de massas (LC-MS) foi desenvolvido e validado para a determinação do ácido micofenólico (MPA) e seu metabólito glicuronideo (MPAG), em plasma e fluido oral, com precipitação de proteínas seguido de centrifugação e utilizando cetoprofeno (KET) como padrão interno (PI). Os picos foram separados em condição gradiente, com um tempo de corrida de 16 min, através de uma coluna Agilent Zorbax Eclipse Plus (4.6 x 150 mm, 3.5 μm tamanho de partícula) a 35 °C. Um íon foi utilizado para a quantificação e três íons para a confirmação de cada analito. O método foi linear para todos os analitos no intervalo de concentração de 10,0 – 500,0 ng/mL para o MPA e 30,0 – 500,0 ng/mL para MPAG, com coeficientes de correlação (r) entre 0,9925 – 0,9937 para as amostras de plasma e com r entre 0,9952 – 0,9973 para as amostras de fluido oral. O limite inferior de quantificação foi de 10,0 ng/mL para o MPA e 30,0 ng/mL para o MPAG, com parâmetros de validação dentro do preconizado. O efeito matriz foi avaliado e apresentou resultados adequados, demonstrando que ambos os procedimentos de limpeza das amostras são rápidos e confiáveis, exigindo pequenas quantidades. O método foi aplicado em amostras de pacientes transplantados renais de fluido oral e plasma usando menos pontos que usualmente. Após análise farmacocinética foi encontrado que o fluido oral pode ser uma possível matriz para ser usando no monitoramento terapêutico sendo necessário ainda mais estudos para ser aplicado na clínica. Estudos in vitro para medir e tentar estabelecer uma relação de permeação do MPA dentro do linfócito foram realizados afim de correlacionar com achados nas amostras coletadas de pacientes. Após analisar as amostras dos pacientes foi encontrado que o estudo in vitro utilizando sangue total é que mais se aproxima dos resultados encontrados em amostras reais. Além de MPA dentro do linfócito foi também detectado MPAG, que ainda não havia sido descrito na literatura. A relação da quantidade dos dois metabólitos dentro do linfócito foi menor que 4%. |