Efeito do biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca sobre os níveis de ansiedade traço-estado dos profissionais de enfermagem : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vega, Edwing Alberto Urrea
Orientador(a): Souza, Sônia Beatriz Cócaro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257640
Resumo: Introdução: No cenário de trabalho global, os profissionais de enfermagem representam aproximadamente 59% da força de trabalho em saúde, caracterizando uma profissão articuladora de diversos processos assistenciais, de gestão, educativos, preventivos, políticos e de pesquisa. A interação da ansiedade com o aumento da carga de trabalho, a exaustão física e algumas caraterísticas dos ambientes de trabalho podem ter efeitos dramáticos no bem-estar físico e mental dos trabalhadores. O biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca pode considerar-se uma intervenção alternativa no atendimento de um risco ou condição de saúde. Objetivo: Avaliar o efeito da intervenção com o biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) sobre os níveis de ansiedade Traço-Estado dos profissionais da enfermagem de um hospital universitário, quando comparado com uma atividade informatizada sem auto-monitoramento. Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado (ECR) paralelo em 115 profissionais de enfermagem, comparando dois grupos durante 9 encontros, tendo como fatores em estudo o estresse e os níveis de ansiedade traço-estado, conduzido no período de junho 2020 a agosto de 2021. Os participantes do grupo intervenção utilizaram o software EmWave Pró Plus® na aferição do biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca e o instrumento do desfecho principal foi auto-administrado nas fases pré e pós intervenção. Os dados foram agrupados em planilhas e analisados no programa STATA 14.0, utilizando estatísticos descritivos e inferenciais. Resultados: Existe uma correlação positiva entre os escores de ansiedade traço-estado, os escores de estresse e dimensões do estresse (rho = 0.811, p <0,001). As diferenças dos deltas da ansiedade estado (0,99, IC95%=-2,01;3,99, p=0,514) e traço (0,7, IC95%=-1,85;3,26, p=0,586) não foram estatisticamente significativas no grupo intervenção de biofeedback em comparação com o controle. As diferenças dos deltas da ansiedade estado (0,70 IC95%=-1,85;3,26, p=0,586) e traço (0,71, IC95%=-1,60;3,02, p=0,546), quando ajustados pelos níveis basais da respectiva ansiedade, também não foram significativamente diferentes entre os grupos. Conclusões: Os resultados sugerem que a intervenção com biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca não tem efeito sobre os níveis de ansiedade em profissionais de enfermagem. Os achados sugerem que a interação entre a ansiedade e estresse ocupacional possa ser considerada um ponto de referência para novas pesquisas, bem como sugere a necessidade de novos estudos que permitam comparar o biofeedback com outras terapias complementares.