Efeito do biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca no estresse e na resiliência dos profissionais da enfermagem : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Macedo, Andréia Barcellos Teixeira
Orientador(a): Souza, Sônia Beatriz Cócaro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239277
Resumo: Introdução: O trabalho da enfermagem é caracterizado por estressores decorrentes das cargas físicas e mentais, podendo ocorrer adoecimento quando uma discrepância entre o grau de exigência do trabalho e os recursos disponíveis para gerenciá-lo. A resiliência pode ser um fator de proteção contra o estresse. O biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (BFK VFC) pode ser utilizado para a prevenção do estresse e promoção da resiliência. Objetivo: Avaliar o efeito do BFK VFC no estresse e na resiliência dos profissionais da enfermagem quando comparado a uma atividade placebo. Método: Ensaio clínico randomizado, realizado com os profissionais da enfermagem das unidades de internação para adultos clínicos e cirúrgicos em um hospital público. A população de interesse foi profissionais com sintomas de estresse, os quais foram selecionados através da Escala de Sintomas de Estresse. A amostra foi randomizada em grupo intervenção (GC; n=58), o qual realizou oito sessões de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca com o software Emwave Pro Plus®, e controle (GC; n=57), cuja atividade placebo foi oito sessões um quebra cabeça online. Utilizou-se a Escala de Sintomas de Estresse, Escala de Estresse no Trabalho e Resiliência no Trabalho, e o biomarcador foi a variabilidade da frequência cardíaca. A análise estatística foi realizada através de estatística descritiva e analítica, com a utilização dos testes T, Qui-quadrado e Equações de Estimativas Generalizadas. O registro no Clinical trials recebeu número 04446689. Resultados: A idade média na amostra foi 43,2±8,4 anos, com 42,3±7,5 no GI e 44,0±9,3 no GC, (p=0,283). Houve predominância do sexo feminino, com 45(77,6%) profissionais no GI e 51(89,5%) no GC (p=0,860). A intervenção não apresentou efeito no Nível Geral de estresse, Escala de Estresse no Trabalho e na Resiliência no Trabalho (p>0,050). Ocorreu diferença estatisticamente significativa no efeito do grupo para os indicadores Standard deviation de Normal to Normal (SDNN) (p=0,016), Low Frequency (LF) (p<0,001), razão Low Frequency/High Frequency (LF/HF) (p<0,001) e na coerência cardíaca (p<0,001); no efeito do tempo em todos os indicadores (p<0,050); e na interação entre médias dos grupos e sessões entre nos indicadores LF (p=0,046), LF/HF(p<0,001) e na coerência cardíaca (p<0,001). Conclusões: O biofeedback cardíaca apresentou resultados promissores nesta pesquisa, sugerindo que poderá ser utilizado na equipe de enfermagem como terapia complementar e como modulador do estresse. Identificou-se que esta técnica promoveu alterações nos marcadores biológicos propiciando melhor regulação do Sistema Nervoso Autônomo.