Uso de indicadores fecais e urinários para monitoramento nutricional de ovinos em pastejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: David, Diego Bitencourt de
Orientador(a): Poli, Cesar Henrique Espirito Candal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49042
Resumo: Objetivou-se avaliar o uso de indicadores fecais e urinários para estimativas de consumo, digestibilidade e síntese de proteína microbiana. Para tal, foram testados níveis de oferta de forragem para ovinos alimentados com milheto (Pennisetum americanum L Leeke) em gaiolas metabólicas. As ofertas constituíram de quatro níveis de ofertas de laminas foliares: 1,5; 2; 2,5% do peso vivo de matéria seca e ad libitum. Com os dados desses mesmos ensaios, gerou-se equações de estimativa de consumo e digestibilidade da matéria orgânica, por meio de marcadores fecais (nitrogênio e fibra em detergente neutro) e de volume urinário através da creatinina urinária para animais em pastejo. Utilizando essas equações, estimou-se o consumo, digestibilidade e síntese de proteína microbiana com animais pastando milheto fertilizado com níveis de nitrogênio (50, 100, 200 e 400 kg/ha). Também fez-se medidas da pastagem (massa de forragem, altura), de desempenho animal (ganho médio de peso, ganho por hectare, carga animal) e balanço de nitrogênio (consumo, retenção e excreção de N). Pelo ensaio em gaiolas de metabolismo pode-se verificar que o consumo de matéria orgânica apresenta uma relação linear múltipla com a excreção de N fecal e fibra em detergente neutro com coeficiente de determinação de 0,94 e erro relativo da estimativa (ERE) de 9,25%, enquanto a digestibilidade apresenta uma relação hiperbólica, sendo melhor descrita por uma hiperbólica múltipla com o uso do N fecal e da fibra em detergente neutro fecal (ERE=3,90). A excreção média de creatinina foi de 0,22 mmol/kg PV0,75 e não foi afetada (P>0,05) pela oferta de forragem, nem pelo estádio fenológico da pastagem, porém apresentou baixa acurácia (R²=0,38; ERE= 48%) nas estimativas de volume urinário. Os dados de desempenho da pastagem e dos animais em pastejo, por sua vez, mostraram resposta crescentes para taxa de acúmulo de forragem e ganhos de peso por área, porém, as medidas nutricionais (consumo, digestibilidade, síntese de proteína microbiana e balanço de nitrogênio) não foram influenciadas (P>0,05) pelos níveis de fertilização nitrogenada, sugerindo a possibilidade de usar menores doses de fertilizante nitrogenado sem prejudicar o desempenho e a nutrição de cordeiros.