Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Ayres, Caroline |
Orientador(a): |
Goldani, Marcelo Zubaran |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16564
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Resumo: |
Objetivo: Tabagismo materno durante a gestação tem sido associado com obesidade na vida adulta, sem que mecanismos de causalidade tenham sido totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo é determinar se o tabagismo materno durante a gestação está associado à preferência alimentar do filho na vida adulta e consequentemente influencia seu estado nutricional. Métodos: Estudo de coorte realizado entre 01 de junho de 1978 e 31 de maio de 1979, neste período foram incluídos 6973 recém-nascidos vivos na cidade de Ribeirão Preto. Nesta ocasião foram coletadas informações maternas, sócio-econômicas e antropométricas dos recém-nascidos. Após 24 anos, uma amostra representativa de indivíduos (n=2103) foi reavaliada. Os indivíduos responderam a um questionário de frequência alimentar, para avaliação do consumo alimentar (variáveis de desfecho). Após a exclusão de gêmeos, dos recém-nascidos menores que 34 semanas e dos indivíduos que não possuíam informação referente ao tabagismo materno durante a gestação (missings), totalizamos uma amostra representativa de 2010 indivíduos. Os indivíduos foram divididos em expostos (n=424) e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação (n=1586). Através de análise de Covariância (ANCOVA), foi avaliada a relação entre a exposição ao fumo materno e o desfecho, ajustada para variáveis dos indivíduos e maternas. Resultados: Indivíduos expostos ao tabagismo materno durante a gestação preferem mais carboidrato em detrimento às proteínas (representada pela variável relação carboidrato/proteína) (P=0,014). Não há associação entre a exposição ao tabagismo durante a gestação e o índice de massa corporal do filho na vida adulta (P=0,332). Ao categorizar os indivíduos conforme sua preferência por carboidratos em relação às proteínas foi encontrada maior percentagem de indivíduos com alta preferência entre os expostos ao tabagismo durante a gestação (P<0,001). Conclusão: Tabagismo materno durante a gestação está associado com uma preferência alimentar por carboidrato na vida adulta em humanos. É possível que eventos adversos que ocorrem na vida fetal programem de forma persistente a fisiologia e metabolismo do indivíduo, levando a uma alteração do comportamento alimentar, o que poderia contribuir para o aumento da incidência de obesidade descrita nesta população. |