Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Melo, Dafni de |
Orientador(a): |
Tschiedel, Rosemarie Gärtner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213027
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Resumo: |
A assistência à saúde mental da criança foi introduzida tardiamente nas Políticas Públicas de Saúde Mental brasileiras, constituindo-se, assim, por uma defasagem em face aos processos da Reforma Psiquiátrica brasileira, voltada majoritariamente para a população adulta. Os CAPSi assumem uma função fundamental na RAPS, como coordenadores desse cuidado em rede inter e intrasetorial, no que se refere à infância. Percebe-se, no entanto, uma dificuldade na composição do cuidado compartilhado, para a saúde mental da criança, entre os equipamentos da Atenção Básica e os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil. Os serviços de Unidade Básica de Saúde e, especialmente, os de Estratégia de Saúde da Família se configuram como locais privilegiados para a efetivação de ações de cuidado para a saúde mental, devido à proximidade com o território e sua população, à acessibilidade e ao acompanhamento longitudinal. A presente dissertação analisa qual o cuidado que pode ser construído em uma equipe de Estratégia de Saúde da Família para a saúde mental da criança. A pesquisa desenvolveu-se com uma equipe de ESF, do município de Porto Alegre, sendo a pesquisa-intervenção a estratégia metodológica adotada, assentada sobre os referenciais da Análise Institucional. Produziram-se quatro encontros de grupo focal e um encontro para a discussão da análise parcial dos dados. Destaca-se como efeito da intervenção, a visibilização da criança como um sujeito com a capacidade de se responsabilizar por seu sofrimento psíquico, podendo ser escutado e cuidado pelos profissionais de saúde. Os princípios da Atenção Básica, o cuidado longitudinal, o vínculo com a comunidade, assim como o uso criterioso do tempo – conforme sugere a prática da Prevenção Quaternária –, foram imprescindíveis para a efetivação de práticas de cuidado para a saúde mental da criança que a reconhecesse como um sujeito dependente e igualmente independente, com sua capacidade de autonomia e agenciamento. |