Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Cristiane Kenes |
Orientador(a): |
Olschowsky, Agnes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219840
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Resumo: |
O redirecionamento das Políticas de Saúde para desenvolver ações integradas entre a Saúde Mental de Crianças e Adolescentes e a Atenção Básica faz emergir a necessidade de superar a fragmentação do cuidado, sendo necessário lançar um “novo olhar” sobre o lugar psicossocial dos sujeitos, e estendê-lo para aonde a vida deles acontece, ou seja, no seu território. Este estudo objetivou cartografar os movimentos e conexões, as linhas de forças e de fuga a partir da articulação entre o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil e a Atenção Básica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com abordagem cartográfica, apoiada nos conceitos da Filosofia da Diferença e Análise Institucional. Os locais da pesquisa foram um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, um Núcleo Ampliado de Saúde da Família, um serviço de Redução de Danos, duas Unidades Básicas de Saúde, 14 Estratégias da Saúde da Família de um município do interior do Rio Grande do Sul. Participaram desta pesquisa nove profissionais da saúde vinculados aos serviços de saúde mental, 28 profissionais da Atenção Básica e três profissionais ligados à gestão municipal da saúde. Para a produção dos dados e acompanhamento desse processo, as ferramentas utilizadas foram: o diário de campo, observação participante e entrevista semiestruturada, entre os meses de agosto a dezembro de 2017. O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, via Plataforma Brasil, sob Parecer nº 2.350.300 e CAAE 76389817.7.0000.5347. Nesse percurso cartográfico, identificou-se um agenciamento coletivo em ação como estratégia de articulação, apostando na micropolítica do encontro como plano de produção do cuidado, e na multiplicidade das conexões existenciais, incluindo movimentos de desterritorialização e reterritorialização das práticas que limitam o cuidado a uma perspectiva de procedimentos clínicos e olhares biopatológicos, para um modo que considera o sujeito na sua singularidade. Há deslocamentos no processo de cuidado e reconhecimento da necessidade de quebrar fluxos burocráticos para fortalecer a articulação e criar novo agires instituintes de saúde psicossociais. Os profissionais reconhecem, no trabalho intersetorial, uma aposta na transversalidade de ações e uma prática necessária capaz de engendrar outras redes para atender as necessidades dos usuários, e criar novos arranjos instituintes de trabalho e produção de subjetividades, indicando a potência da construção de ações intersetoriais. Conclui-se que o cuidado à população infantojuvenil, quando articulado entre o Centro de Atenção Psicossocial e os serviços de Atenção Básica, amplia as possibilidades de conexão entre os diferentes serviços e trabalhadores, cria espaços de encontros e discussões que favorecem ações integradas, possibilitando um cuidado em saúde mental compartilhado, resolutivo, acolhedor e integral. |