Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Assumpção, Marla Barbosa |
Orientador(a): |
Padrós, Enrique Serra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/114409
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Resumo: |
A presente dissertação visa analisar a articulação de redes de solidariedade e resistência na fronteira Brasil-Uruguai, desencadeadas pela instauração da ditadura civil-militar em 1964, bem como busca examinar a formulação de políticas e o acionar de práticas específicas, por parte de autoridades brasileiras, para a região fronteiriça sul-rio-grandense no contexto em questão. Mais especificamente, focou-se o estudo nas cidades gêmeas de Santana do Livramento e Rivera, principal núcleo urbano entre ambos os países. Nesse sentido, destaca-se o fato de que, com o advento do golpe de Estado, um contingente significativo de brasileiros cruzou essa fronteira em busca de refúgio no país vizinho. Nesse contexto, o Uruguai se tornou o principal endereço dos exilados. O processo ora assinalado suscitou a formação de redes de solidariedade na fronteira supracitada, as quais foram responsáveis por acolher aqueles que a cruzavam ou, ainda, os que ali permaneceram, a poucos metros da linha divisória internacional. A movimentação de exilados em áreas adjacentes ao território nacional, bem como a marcante influência do trabalhismo no estado do Rio Grande do Sul, concorreram para a formulação de políticas específicas por parte dos sistemas de inteligência e de segurança da ditadura. Optou-se, assim, pelo estudo do período compreendido entre o golpe no Brasil em 1964 e o golpe de Estado no Uruguai em 1973. Os marcos temporais em questão compreendem, de um lado, os primórdios do exílio brasileiro no país vizinho, no contexto analisado, conforme referido. De outro, assinala o abandono da tradição uruguaia de acolhida de asilados diante da imposição de intensas políticas repressivas, responsável por desencadear novos exílios, tanto de brasileiros, como também de uruguaios. Na fronteira ora examinada, o fato em questão suscitou o deslocamento de muitos opositores de um lado para o outro da linha internacional, invertendo, em alguma medida, a direção da passagem, agora do Uruguai para o Brasil. Ao longo do trabalho de pesquisa, foram consideradas as mudanças conjunturais, os agentes fronteiriços de ambos os países e o impacto produzido na região, pensada como marco das conexões estabelecidas regional e internacionalmente. |