Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pescador, Cristina Maria |
Orientador(a): |
Fagundes, Léa da Cruz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158686
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Resumo: |
Este estudo apresenta uma cartografia do processo de inclusão digital em uma escola do campo, de classe multisseriada, situada no interior do Rio Grande do Sul, contemplada pelo Programa Nacional de Educação no Campo em 2013. Busca-se responder à pergunta “Que movimentos em direção ao letramento e emancipação digital podem ser observados, identificados ou verificados em uma comunidade rural a partir da inserção de dispositivos móveis na modalidade de um laptop por aluno em uma escola do campo?”. O estudo visa a observar, acompanhar, cartografar e compreender os movimentos da comunidade escolar e verificar se há mudanças provocadas pela inserção dos laptops indicando ações de letramento digital. Tendo em vista que a proposta do estudo é de acompanhar um processo em andamento, optou-se pela cartografia como inspiração para o método de investigação, pois permite produzir e construir os dados da pesquisa enquanto se realizam as observações das práticas em sala de aula, as entrevistas com os estudantes e professores, e os registros no diário de bordo da pesquisadora. Nessa caminhada, enquanto registra suas observações, cartografando suas percepções com relação aos sujeitos-atores da pesquisa, a pesquisadora se transforma também em um dos atores do processo. A produção dos dados é guiada por cinco pistas, quais sejam: (1) funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo; (2) cartografar é acompanhar processos; (3) cartografar é habitar um território existencial; (4) por uma política da narratividade e os registros em um diário de bordo; e (5) a entrevista de manejo cartográfico e a experiência do dizer. A observação e registro dos movimentos observados permite delinear algumas mudanças na rotina e nas práticas escolares fornecendo subsídios para a análise de mudanças que apontam para situações de letramento e emancipação digital que ultrapassam os limites da sala de aula e da escola. Essa análise perpassa pelos conceitos de autonomia, interação e solidariedade, cooperação e respeito mútuo, emancipação e empoderamento, cultura digital, letramento digital e emancipação digital. Embora a inclusão digital seja um dos objetivos do Pronacampo, os movimentos identificados no estudo e que efetivamente indicam inclusão e letramento digitais são, de fato, provocados pelo comprometimento e envolvimento da comunidade escolar em explorar algumas práticas com os laptops e em buscar soluções para problemas de conectividade e manutenção dos equipamentos. Entre esses movimentos, encontra-se a busca pelo acesso à internet nas residências de alguns estudantes como alternativa à dificuldade de captação de sinal por causa da localização da escola. Também é possível identificar movimentos em direção ao letramento digital cultivado pela postura das professoras em provocar situações para que as crianças explorem recursos e possibilidades de uso dos laptops. Mesmo sem haver conexão à internet na escola, ações espontâneas com algumas crianças se tornando provedores de conteúdos digitais são acolhidas e valorizadas, em um movimento que permite que exercitem seu protagonismo na busca de soluções e alternativas para os problemas encontrados. Com a recente contratação do serviço de banda larga é possível pensar que novos movimentos de letramento e, quiçá, de emancipação digital venham a acontecer no futuro. |