Manobra de prona estendida na síndrome do desconforto respiratório agudo por COVID-19 : revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rosario, Mariana Berger do
Orientador(a): Boniatti, Márcio Manozzo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281984
Resumo: Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) continua a estar associada a altas taxas de mortalidade, apesar dos avanços nas intervenções terapêuticas. A posição prona estendida tem surgido como uma intervenção crucial, especialmente quando mantida por períodos prolongados. O presente estudo tem como objetivo avaliar os desfechos clínicos da posição prona estendida (≥ 24 horas) em comparação com a posição prona tradicional (<24 horas) em pacientes com SDRA moderada a grave. Métodos: Revisão sistemática e meta-análise de estudos observacionais publicados até abril de 2024, avaliando o impacto da posição prona estendida em comparação com a posição prona tradicional em pacientes adultos com SDRA em ventilação mecânica. Resultados: Foram incluídos 6 estudos observacionais, totalizando 653 pacientes. A duração média da posição prona foi de 40 horas na manobra estendida e em média 17 horas na manobra tradicional. Não houve diferença de mortalidade entre os dois grupos (RR 0.84, IC 95% 0.67 - 1.06, I² = 0%) assim como na análises de subgrupos conforme a relação PaO2/FiO2, qualidade metodológica, duração da posição prona, índice de massa corporal (IMC) e PEEP. Houve um aumento nas lesões por pressão no grupo prona estendida (RR 1.28, IC 95% 1.05 - 1.57, I² = 0%), exceto no subgrupo de obesos (RR 1.12, 95% IC 0.78 - 1.60, I² = 0%). Conclusão: A posição prona estendida não reduz a mortalidade em pacientes com SDRA relacionada à COVID-19 e está associada a um aumento na incidência de lesões por pressão se comparada à prona de duração tradicional. No subgrupo de obesos, não houve aumento de lesões por pressão e observou-se uma tendência de redução da mortalidade no grupo prona estendida, achado que deve ser melhor explorado em futuros estudos. PROSPERO nº CRD42024529311