Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ruiz, Suzana Giseli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253199
|
Resumo: |
Introdução: A posição prona em pacientes com Sars-CoV-2 muito grave é utilizada como ferramenta para os pacientes em ventilação mecânica (VM) e troca gasosa baixa. Entretanto, o melhor momento em se realizar esta manobra ainda não está muito bem definido. Objetivos: Avaliar o efeito do uso da posição prona de acordo com o tempo de início de uso da técnica em pacientes em VM por covid-19 na melhora da oxigenação e na mortalidade em 28 dias. Métodos: Estudo prospectivo de pacientes com covid-19 admitidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de Botucatu, no período de março a dezembro de 2020. Coletados dados demográficos, clínicos, laboratoriais e de VM. O protocolo institucional recomendava a prona em pacientes com VM que apresentavam índice de pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2)/ fração inspirada de oxigênio (FIO2) < 150. O dia da intubação orotraqueal (IOT) e início do posicionamento foi classificado em antes e após 48hrs. Foi considerado desfecho mortalidade em 28 dias e utilizada a 4C Mortality Score para classificação de risco de mortalidade hospitalar. Resultados: 162 pacientes necessitaram de MV, destes, 71 pacientes foram pronados, 54 faleceram (p=0,012). Em relação ao tempo de início da posição prona, a maioria dos indivíduos iniciaram nas primeiras 24h após IOT, sem diferença estatística em relação à proporção dos grupos (p=0,661). Observou-se melhora da oxigenação e redução da FiO2 após o posicionamento. Não foram observadas diferenças em relação ao tempo de posição prona e o número de óbitos e oxigenação, com exceção da FiO2 que foi menor na posição prona ≥48h. No modelo de regressão logística não observamos diferença na mortalidade no pacientes categorizados em prona acima de 48 horas (OR:0,26; IC95%:0,03-2,36). Na análise de sobrevida, seguida pelo teste de Log Rank, não foram observadas influencias em relação ao posicionamento. Na análise de regressão de COX, ajustada para o escore de gravidade, o posicionamento não influenciou na mortalidade. Conclusão: A manobra de posição prona efetivamente melhora a oxigenação, entretanto, o tempo de início da manobra ainda não pode ser considerado modificador de mortalidade. |