Investigação da autoimunidade em camundongos com mucopolissacaridose tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Talita Giacomet de
Orientador(a): Giugliani, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/199618
Resumo: A mucopolissacaridose tipo I (MPS I) é uma doença herdada de forma autossômica recessiva. É causada pela deficiência da enzima alfa-L-iduronidase, que leva ao acúmulo intralisossômico de heparan e dermatan sulfato. Os sintomas são heterogêneos e pacientes com a forma mais grave da doença têm alterações neurocognitivas. O mecanismo de patogênese ainda é, em grande parte, desconhecido. Entretanto, há evidências crescentes da participação de alterações do sistema imune neste processo. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de resposta autoimmune e sua contribuição para os sintomas clínicos de camundongos com MPS I. Para verificar a ocorrência de autoantígenos em camundongos MPS I, extratos de proteína do hipocampo e fígado foram submetidos a western blot, e soro de camundongos afetados e normais foi usado como anticorpo primário. Os resultados mostraram que não há diferença entre animais normais e MPS I, indicando ausência de autoantígenos patológicos. Para verificar ativação anormal de células T em camundongos MPS I, linfócitos foram ativados com Concanavalina A e a proliferação foi verificada por ensaio de MTT. Os resultados mostraram proliferação normal de células T nos camundongos afetados. Para verificar o potencial patogênico de células T de animais MPS I, linfócitos destes foram ativados e transferidos para camundongos normais, que foram então submetidos a testes comportamentais para verificar atividade exploratória, locomoção e atividade cerebelar. Para isso foram utilizados testes de campo aberto e análise de caminhada. Os resultados obtidos mostraram comportamento similar ao de animais do grupo controle, que recebeu linfócitos de camundongos normais, e também de camundongos normais que não sofreram intervenção. Os receptores de linfócitos MPS I também não apresentaram evidência de neuroinflamação, resultado demonstrado por meio de imunohistoquímica para GFAP. Com os resultados obtidos neste trabalho sugere-se que características autoimunes não apresentam uma contribuição significativa para a patogênese da MPS I. Isso, porém, não exclui a existência de outras alterações imunológicas nesta doença. Por isso, uma caracterização mais detalhada do perfil imunológico de camundongos com MPS I é necessária.