Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Mayer, Fabiana Quoos |
Orientador(a): |
Giugliani, Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/207192
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Resumo: |
A Mucopolissacaridose I (MPS I) é uma doença autossômica recessiva causada por mutações no gene da alpha-L-iduronidase (IDUA), o que leva a uma atividade enzimática baixa ou nula. O principal tratamento é a terapia de reposição enzimática (TRE), que tem limitações como o alto custo, a necessidade de infusões repetidas e a ineficácia do tratamento dos sintomas neurológicos dos pacientes com a forma grave da doença. Novas estratégias terapêuticas são necessárias para superar esses obstáculos. A tradução alternativa tem potencial para aumentar a atividade enzimática, uma vez que há supressão de mutações sem sentido, permitindo que a proteína seja totalmente traduzida. Outra possibilidade é a aplicação de estratégias de nanoestruturação, as quais podem aumentar a eficiência enzimática e a biodistribuição, podendo representar uma redução da dose. Neste trabalho, abordamos ambas as estratégias em dois estudos. No primeiro, fibroblastos de três pacientes com MPS I foram tratados com geneticina, um conhecido indutor de misreading, e cloranfenicol, um inibidor da peptidil transferase que também pode atuar da mesma forma. A geneticina não foi capaz de aumentar a atividade ou expressão de IDUA, enquanto o cloranfenicol aumentou 100 vezes apenas nos fibroblastos heterozigotos compostos. O sequenciamento de cDNA sugere que os alelos com mutação sem sentido são alvo do nonsense mediated mRNA decay, o que indica que o cloranfenicol atua através de um mecanismo que não a tradução alternativa. Este fármaco é capaz de ultrapassar a barreira hematoencefálica, podendo ser utilizado como adjuvante à TRE. No segundo estudo, utilizamos uma nanocápsula de núcleo lipídico e paredes múltiplas revestidas com quitosana e íons de Fe2+que permitem a ligação química com a Laronidase. A enzima nanoestruturada apresentou maior Vmax e Kcat e foi capaz de produzir maior quantidade de produto. Ela não apresentou citotoxicidade na dose utilizada in vivo e foi internalizada por transporte ativo não apenas mediado por receptores de manose-6-fosfato. Além disso, o perfil de clearance foi melhor, apresentando maior área sob a curva e tempo de meia vida. A análise da biodistribuição mostrou maior atividade da enzima nanoestruturada em diferentes órgãos em 4 h e 24 h. Neste trabalho, ambos os estudos procuraram solucionar diferentes limitações da TRE. É importante ressaltar que estes dois estudos foram baseados em fármacos aprovados para uso, o que viabiliza sua aplicabilidade terapêutica. |