Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Melo, Fabiana de |
Orientador(a): |
Oppermann, Rui Vicente |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/220851
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Resumo: |
Com o aumento do número de implantes dentários para substituir dentes faltantes, houve também um aumento do número de doenças peri-implantares diagnosticadas após a sua instalação. Com isso, o conhecimento da microbiota envolvida nestes sítios se faz necessário e tem sido cada vez mais estudado através de tecnologias de sequenciamento de alto rendimento do gene 16S rRNA. Nesta tese investigamos a microbiota em sua fase de adesão inicial à superfície de titânio, estabelecida em saúde, estabelecida em doença e a sua evolução após a peri-implantite ser tratada por diferentes abordagens (cirúrgica e não cirúrgica). Além disso, comparamos o perfil microbiológico peri-implantar dos pacientes que atingiram sucesso após tratamento com o dos pacientes que continuaram com a doença. Paralelo a isso, realizamos uma comparação de diferentes primers universais utilizados para determinar como estas variáveis afetam as métricas de diversidade bacteriana em amostras de peri-implantite. Através dos índices de diversidade, pudemos observar que a diversidade microbiana se mostrou similar: I) Entre diferentes superfícies de titânio que foram inseridas no meio bucal por 24 horas; II) Entre diferentes primers e regiões variáveis de amostras de peri-implantite; III) Ao comparar os tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos da peri-implantite; IV) Ao comparar os implantes que obtiveram sucesso com os que continuaram com a doença após o tratamento. No entanto, a diversidade bacteriana parece aumentar com a evolução da doença, e as espécies detectadas em baixa abundância são provavelmente as responsáveis para este aumento e contribuem para uma variabilidade interindividual da microbiota oral. Surpredentemente, via análisde de rede, identificamos que as bacterias da microbiota peri-implantar dos pacientes que obtiveram sucesso após o tratamento da peri-implantite estão interagindo mais antes do tratamento, e esse padrão se manteve ao longo de doze meses. Este achado pode sugerir que o grau de interação e sua força podem ser um indicador de como os pacientes responderão ao tratamento, abrindo novas perspectivas para o entendimento da falha dos implantes. Com isso, nesta tese avançamos em termos de conhecimento sobre a microbiota peri-implantar. A percepção das mudanças dinâmicas no microbioma em diferentes estados clínicos pode ser altamente útil no diagnóstico e prognóstico da peri-implantite na prática clínica, porém, ainda precisa ser vastamente estudada. |