Caracterização micotoxicológica de uvas viníferas produzidas no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Einloft, Tiago Centeno
Orientador(a): Noll, Isa Beatriz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/67658
Resumo: A vitivinicultura é uma atividade extremamente importante no estado do Rio Grande do Sul, representando cerca de 50% das uvas produzidas e 90% dos vinhos em todo o país. Diferentes gêneros fúngicos são comumente encontrados infectando as bagas, os principais são Alternaria, Botrytis, Cladosporium e Aspergillus. Esta contaminação é influenciada por diferentes fatores, entre eles, características climáticas da região, variedades da uva, tipo de cultivo, entre outros. O gênero Aspergillus destaca-se dos demais, pois as espécies frequentemente encontradas nas uvas, os chamados Aspergillus seção Nigri, são potenciais produtores de Ocratoxina A, micotoxina nefrotóxica e possivelmente carcinogênica para humanos. Os objetivos deste trabalho foram a caracterização micotoxicológica de uvas das variedades Merlot e Cabernet Sauvignon, produzidas em três regiões vitivinícolas do Rio Grande do Sul, coletadas em dois estágios de maturação das bagas. As amostragens foram realizadas no inicio da mudança de cor e na colheita nas regiões da Campanha, Serra do Sudeste e Serra do Nordeste. Foram isolados oito gêneros fúngicos, com destaque para Alternaria, que foi predominante em todas as regiões, estágios de cultivo e nas duas variedades. Os Aspergillus seção Nigri foram predominantes no gênero Aspergillus, representando 88% dos isolados, que se destacaram na região da Campanha e na variedade Cabernet Sauvignon. O período da colheita demonstrou ser critico para a contaminação por Aspergillus negros na variedade Cabernet Sauvignon, enquanto na variedade Merlot, maior frequência desses fungos foi observada durante o início da mudança de cor. Uma cepa de Aspergillus japonicus foi capaz de produzir ocratoxina A na concentração de 148 ng/mL/106 conídios. Não foram encontrados níveis detectáveis de OTA nas amostras de uvas. A caracterização da contaminação fungica e por OTA em uvas cultivadas no estado é relevante para garantir a qualidade destes produtos e a segurança da população consumidora.