Interação entre ácido retinóico e cisplatina no tratamento de células A549 através da via do fator de transcrição NRF2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ramos, Vitor de Miranda
Orientador(a): Moreira, Jose Claudio Fonseca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180166
Resumo: O tratamento com quimioterápicos ainda hoje é a principal abordagem para combater casos de câncer de pulmão. Porém, muitos tumores adquirem resistência a fármacos, dificultando o tratamento e aumentando a reincidência. Na tentativa de otimizar a resposta dos tratamentos e de circunvir problemas como resistência tumoral, novos estudos vem testando a combinação de diferentes fármacos como abordagem terapêutica. Dentre estes, a combinação entre as moléculas de ácido retinóico (AR) e cisplatina apresentaram resultados promissores tanto em ensaios clínicos quanto em modelos de pesquisa básica. Porém, pouco se sabe sobre os mecanismos moleculares presentes na interação de ambos. Uma das vias de sinalização altamente relacionada com a resposta tumoral a quimioterápicos é a via do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NRF2). Sendo assim, o objetivo desta dissertação foi investigar e discutir os efeitos moleculares do tratamento combinado de AR e cisplatina em uma linhagem de adenocarcinoma pulmonar (A549), focando principalmente na via do NRF2. Mais especificamente, foi investigado os efeitos sobre a expressão do NRF2 e de seus genes-alvo, ambiente redox celular, apoptose, autofagia e reparo de fita de DNA por recombinação homologa (RH). O AR demonstrou ter um efeito inibitório sobre as vias do NRF2 e de RH. Além disso, o AR elevou a produção de espécies reativas e a oxidação de grupamentos sulfidrilas. Combinados, estes efeitos parecem ter contribuído para uma sensibilização ao efeito pró-apoptótico derivado do tratamento com cisplatina. Além do mais, a autofagia também se mostrou elevada nos tratamentos individuais e em conjunto, podendo indicar um possível mecanismo de resistência celular. Nestes resultados, ficou demonstrado diferentes mecanismos por onde o AR pode atuar para potencializar o efeito da cisplatina em células de câncer de pulmão. Além disso, esta dissertação colabora com perspectivas de outros autores sobre abordagens que atuem no ambiente redox celular, na tentativa de combater células tumorais. Portanto, estas informações podem contribuir com outros trabalhos para a otimização do uso do AR associado a cisplatina em pacientes com câncer de pulmão.