Estudo da variabilidade de ondas no oceano Atlântico sul e a contribuição energética de um ciclone extratropical intenso nos espectros das ondas ao largo do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Parise, Cláudia Klose
Orientador(a): Farina, Leandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/23750
Resumo: Devido à escassez de instrumentos de medição de onda bem como a grande dificuldade e os altos custos de coleta em regiões oceânicas, a modelagem numérica tem se tornado uma ferramenta bastante útil no estudo de comportamento de ondas costeiras e de oceano profundo. No presente trabalho foi utilizado um modelo numérico global (WAM) para obtenção de dados (modelados) de onda no Oceano Atlântico Sul entre junho de 2006 e julho de 2007. Foram aplicadas as análises EOF e SVD para agrupar as ondas em modos principais de variabilidade espaço-temporais. Em ambas as análises foram obtidos quatro modos principais de variabilidade de todas as variáveis analisadas, sendo que a maior correlação encontrada foi entre o swell e o período de pico. Os padrões espaciais mostraram a contribuição do swell oriundo dos oceanos Pacífico e Índico se propagando no Oceano Atlântico Sul. Foi observado, também, fortes relações entre a variabilidade das ondas e as variáveis atmosféricas de pressão e vento a 10 m de altura. Posteriormente, foi utilizado o mesmo modelo para geração dos espectros de onda durante um estudo de caso de um ciclone extratropical intenso no Oceano Atlântico Sul. Foram selecionados pontos no centro e na periferia do ciclone ao longo da sua trajetória a fim de investigar a presença de interação não linear onda-onda (ressonância) e três pontos offshore à Praia do Cassino com o intuito de estimar a contribuição de energia oriunda do ciclone. A máxima energia espectral no centro do ciclone ocorreu às 21h do dia 01 de setembro e na região offshore à Praia do Cassino o pico ocorreu nas 48 h seguintes. Na maioria dos espectros a densidade espectral foi maior à esquerda do ciclone o que torna válida a hipótese de ocorrência de ressonância nessa região. Assumindo esse evento como extremo em uma escala anual, é possível concluir que um evento de ciclone extratropical de mesma magnitude venha contribuir com mais de 70% da sua energia nos espectros de onda ao largo da costa do Rio Grande do Sul.