Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Porto, Fabrício Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8616
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Resumo: |
Esta dissertação analisou a variabilidade morfossedimentar do sistema praia duna ao largo do Balneário Cassino - RS, localizado na planície costeira do Estado do Rio Grande do Sul, buscando inferir sobre processos costeiros físico-naturais e atividades antrópicas atuantes. O período analisado foi de 2006 a 2016. A área de estudo apresenta 19 km, onde foram coletados dados em 20 trechos, a cada quilômetro. Foi realizado levantamento topográfico e utilizada uma base cartográfica para análise qualitativa e quantitativa dos seguintes parâmetros morfométricos: orientação da linha de costa e dos perfis, largura da praia, deslocamento da linha dágua, deslocamento do limite praia duna, largura e altura do campo de dunas e das dunas frontais, declividade da praia e da face praial. Adicionalmente foi analisado a granulometria da face da praia e a altura de onda na praia em três eventos de alta energia. Os resultados mostram uma praia com presença de reentrância próxima aos molhes, sob sua influência, como no caso dos trechos do 1 ao 3, sendo nos demais um pouco mais retilínea. A largura da praia é variável espacialmente. Por exemplo, foi de 26,19 m no segmento 13 e 162,17 m no segmento 1 numa mesma imagem aérea analisada. A declividade da praia foi baixa, variando de 1,32º (perfil 17) a 2,66º (perfil 2). A granulometria da praia em geral é composta por areia fina (classe modal de 2,75Phi), sendo que apenas o perfil 5 apresentou areia muito fina devido à presença de depósito de lama na face praial no período da coleta. No entanto, houve mais locais com presença de lama (perfil 4 a perfil 13). A energia de onda foi baixa nos segmentos 1 e 2, aumentando gradativamente até o 4, como resultados da proteção que a mesma sofre dos Molhes. Já no segmento 5 a energia de onda apresentou diminuição significante. Do segmento 11 para o sul da praia a energia de onda foi alta. Há presença de dunas frontais, podendo chegar a 90 m de largura e passar de 5 m de altura e em alguns trechos há presença de dunas embrionárias que não chegam a 2 m de altura. Em relação às alturas das dunas frontais o perfil 6 foi o maior, com 5,5 m enquanto nos perfis mais ao sul tiveram seu topo em 4,2 m no perfis 19 e 20. As menores alturas foram nos perfis 16 e 17 com 2,4 m. A altura do campo de dunas oscilou entre 3,5 a 7,2 metros. A largura do campo de dunas foi crescente entre os trechos 1 e 2 e 3 e 4, onde são mais largos. A partir do trecho 5 decresce bastante, pois nessa extensão inicia a área urbana, já no trecho 13 os valores são crescentes. Do trecho 14 ao 20 as dunas são mais largas. É possível afirmar que este sistema praia duna ao largo do Balneário Cassino apresentou-se influenciado diretamente por atividades antrópicas, principalmente pelas obras dos Molhes da Barra (1 ao 4) e a realização das dragagens periódicas (4 ao 13). Logicamente há também a influência direta dos processos costeiros físico-naturais, atmosféricos e meteorológicos que auxiliam essa deposição constante de sedimentos (areias e depósitos lamíticos). |