Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Tássia Rolim |
Orientador(a): |
Luft, Vivian Cristine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198944
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a associação entre características do sono e ganho de peso corporal, ganho de cintura e incidência de obesidade. Métodos: Foram avaliados 12.789 participantes (35-74 anos) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma coorte multicêntrica realizada por instituições acadêmicas públicas brasileiras. Foi investigada a presença de problemas de sono por meio do questionário Clinical Interview Schedule - Revised (CIS-R). A razão entre horas dormidas e horas desejadas foi categorizada em suficiente (quando número de horas dormidas = desejadas), insuficiente (dormidas < desejadas) e mais que suficiente (dormidas > desejadas). Ganhos de peso e de cintura elevados foram definidos como ≥ ao percentil 90 (≥ 1,65 kg/ano para peso e ≥ 2,41 cm/ano para cintura, respectivamente). A incidência de obesidade (índice de massa corporal ≥ 30 kg/m²) foi avaliada entre participantes com sobrepeso na linha de base (n= 5.201). Resultados: Em análise ajustada para idade, sexo, raça, renda, escolaridade, centro de investigação, tabagismo, atividade física, valor energético total da dieta e doses semanais de álcool, ter problemas de sono e ter duração de sono < 6 h foram associados a maiores riscos de ganho de peso elevado (RR= 1,12, IC 95% 1,01-1,24 e RR= 1,20, IC95% 1,03-1,39, respectivamente). Ambas as associações deixaram de ser significativas quando considerado o IMC basal. Indivíduos com problemas de sono apresentaram 17% maior risco de ganho de cintura elevado (RR= 1,17, IC 95% 1,05-1,30), mesmo com ajuste adicional para duração de sono e plantão noturno de trabalho. Entre indivíduos com sobrepeso na linha de base, aqueles com duração de sono insuficiente (horas dormidas < desejadas) apresentaram 15% maior risco de tornarem-se obesos, independentemente dos fatores sociodemográficos e comportamentais anteriormente citados e do IMC basal (RR= 1,15, IC 95% 1,01-1,31). Entretanto, essa associação não é independente da presença de problemas de sono e do número de horas dormidas. Conclusões: A má qualidade do sono está associada ao ganho elevado de cintura, independentemente da duração de sono. Sono insuficiente está associado a maior incidência de obesidade dentre indivíduos com sobrepeso, mas não de forma independente à qualidade do sono. |