Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bernardi, Juliana Rombaldi |
Orientador(a): |
Goldani, Marcelo Zubaran |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/78498
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Resumo: |
Introdução: Nos últimos vinte anos, estudos clínicos e experimentais demonstraram que as variações do ambiente materno (como o estresse precoce) associado à deficiência nutricional podem influenciar na saúde do indivíduo. Objetivo clínico: Determinar o impacto da interação entre o consumo alimentar das gestantes com o crescimento intrauterino em uma coorte de nascimentos. Objetivo experimental: Avaliar se o estresse neonatal, como a separação materna, interage com a deficiência nutricional de ácidos graxos (AG) poliinsaturados ômega-3 ao longo da vida em aspectos metabólicos em ratos adultos. Metodologia clínica: Trata-se de uma coorte envolvendo o recrutamento de nascimentos ocorridos nos hospitais de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Mães de diferentes históricos clínicos (hipertensão-GHAS, diabetes-GDM, tabagismo-GTAB, crianças com restrição de crescimento intrauterino por razão idiopática-GRCIU e controles-GCON) foram convidadas a participar 24 horas após o nascimento da criança. Foram utilizadas as variáveis da entrevista do pós-parto (sociodemográficas e antropométricas das mães e dos recém-nascidos-RNs) e domiciliar aos 7 dias de vida da criança (questionário de frequência alimentar). A coorte está em andamento para outros acompanhamentos (15 dias e 1, 3 e 6 meses de vida da criança). O tamanho da amostra final constitui-se de, no mínimo, 20 pares mãe-RNs por grupo e 150 indivíduos no total. Metodologia experimental: Os filhotes de ratos foram randomizados em: Grupo Separação Materna (GSM) e Grupo Não-Manipulado (GNM), sendo filhotes separados removidos de suas mães durante 3 horas diárias do dia 1º ao 10º pós-natal (DPN) e colocados em incubadora a 32ºC. No DPN 35, os machos foram subdivididos em dois grupos de acordo com dieta adequada ou deficiente em AG poliinsaturados ômega-3, nas subsequentes 15 semanas de vida. O peso corporal e o consumo alimentar dos ratos eram mensurados semanalmente e ao final do tratamento as amostras de tecidos foram coletadas. Resultados clínicos: Entre Setembro de 2011 a Julho de 2013, 255 puérperas foram elegíveis para o estudo, sendo que 218 (14,5%) aceitaram participar e 182 (16,5%) apresentavam dados completos para análise. Ao comparar-se as puérperas elegíveis com as recusas (n=37) não houve diferenças significativas entre qualquer variável, entretanto, as puérperas do seguimento apresentaram média de idade superior em relação às perdas (p=0,010). O GHAS apresentou média de idade superior em relação ao GTAB e GRCIU (p=0,007), já o GRCIU apresentou peso pré-gestacional inferior em comparação ao GDM (p=0,022) e GHAS (p=0,003). Apenas o GHAS apresentou peso pré-gestacional e ganho de peso gestacional superior ao GCON (p=0,002; p=0,018). Os valores de peso ao nascer do GRCIU foram inferiores em comparação aos demais grupos e o peso ao nascer do GDM foi superior ao GTAB (p<0,001). O comprimento ao nascer do GRCIU foi diferente de todos os outros (p<0,001), exceto o GHAS. A média do perímetro cefálico do GRCIU foi significativamente diferente dos demais grupos (p<0,001). Não houve diferença entre o consumo de macronutrientes e o perfil de AG entre as mães dos diferentes grupos. Todavia, o consumo do AG 20:4 n-6 foi maior no GHAS e a razão n-6/n-3 menor no GDM em relação ao GCON. Observou-se que não houve associação entre o consumo alimentar das gestantes e o peso ao nascer. Resultados experimental: Ratos do GSM apresentaram consumo alimentar maior (p=0,047) e ganharam mais peso (p=0,012), porém, o conteúdo de neuropeptídeo Y não variou entre os grupos. Ratos do GSM também apresentaram maior deposição de gordura abdominal (p<0,001) e triglicerídeos plasmáticos (p=0,018), quando comparados ao GNM. Interação entre estresse neonatal e deficiência de AG poliinsaturados ômega-3 foi encontrada com insulina plasmática (p=0,033), índice de HOMA (p=0,049), leptina (p=0,01) e expressão de PEPCK hepática (p=0,05), no qual a vulnerabilidade metabólica no GSM foi agravada com a dieta inadequada em AG poliinsaturados ômega-3. Houve associações entre alterações específicas no perfil de AG periféricos (p<0,05). Conclusões: Assim, os achados clínicos sugerem que, a curto prazo, o consumo de AG das gestantes não influenciou o peso ao nascer dos RNs entre os diferentes ambientes intrauterinos, porém o GHAS possuiu maior consumo de AA e o GDM menor relação n-6/n-3. Os achados experimentais sugerem que as variações no ambiente neonatal interagem, a longo prazo, com a deficiência dietética de n-3 PUFAs, alterando a vulnerabilidade metabólica de ratos adultos. |