Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Guiomar Maria da |
Orientador(a): |
Rocha, Cristianne Maria Famer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/87212
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Resumo: |
A Reforma Psiquiátrica (RP), que iniciou n o Brasil na década de 1970, destaca-se como um processo político e social , sendo um marco na forma de pensar o cuidado em Saúde Mental fora do ambie nte hospitalar. A inserção de Políticas de Saúde Mental, em meados de 1990, reafirma que é no cotidiano das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica acontece. Ao mesmo tempo, essas políticas orientam a inclusão da Saúde Mental na rede de Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente a partir da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este trabalho tem como objetivo analisar as percepções dos trabalhadores das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre como vem ocorrendo a articulação da Saúde Mental nas Redes de Atenção à Saúde ; a percepção desses profissionais sobre papel da equipe da ESF no cuidado em Saúde Mental; e a percepção dos profissionais sobre as principais dificuldades e/ou facilidades da articulação da Saúde Mental em Redes de Atenção à Saúde. Associado a esses objetivos, pretende-se caracterizar os participantes da pesquisa, que compõem as equipes das ESF e CAPS de uma cidade na região central do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo documental, de caráter exploratório e descritivo , com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se de 27 trabalhadores de diferentes categorias profissionais, entre elas: médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeuta ocupacional. Foi utilizada uma ficha com dados sociodemográfico s e um roteiro para entrevistas em profundidade. Os dados mostram que o perfil dos profissionais é relativamente jovem (média de 37 anos), na sua maioria feminino, com vínculo de trabalho sob diversas modalidades (CLT, concurso e contratos) e com permanência no serviço em torno de cinco anos. Em relação à formação, em grande parte são profissionais com especialização. Nas entrevistas, os suj eitos indicam que ocorreram avanços na inserção da Saúde Mental n a APS, conforme preconizam as Políticas de Saúde Mental e os preceitos da RP. Porém, os sujeitos afirmam que o sistema de referência e contrarreferência, no seu sentido estrito, mantém-se um entrave nos processos de trabalho para efetivação de Redes de Atenção à Saúde. Ao mesmo tempo, as equipes indicam que têm encontrado formas de comunicação para superar as fragilidades do sistema , desenvolvendo estratégias que permitem a aproximação dos serviços e que propiciam a articulação entre os pontos de atenção da Rede de Saúde. Os participantes da pesquisa são enfáticos em afirmar o papel da gestão como fundamental na organização da Rede de Atenção à Saúde, mas este tem apresentado entraves que merec em reflexão. Apoio Matricial e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), embora se trate m de estratégias e dispositivos propostos pelas Políticas de Saúde, são termos desconhecidos pela maioria dos entrevistados. O estudo ainda mostra que Santa Cruz do Su l, que até a década de 90 mantinha um sistema de Saúde Mental voltado para um modelo hospilatocêntrico, conseguiu avançar para um cuidado de base comunitária. |