Avaliação de memórias emocionais do vínculo parental como preditores de resposta no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada : um estudo de seguimento durante a pandemia de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vaz, Vivian Pinto
Orientador(a): Manfro, Gisele Gus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247519
Resumo: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um transtorno mental de alta prevalência, curso crônico e importante impacto na vida da população acometida. Contudo, até o momento, pouco se sabe sobre os fatores preditores de boa resposta ao tratamento e os efeitos em longo prazo de diferentes intervenções. Esta dissertação buscou reavaliar, após 18 a 36 meses, durante a pandemia de COVID-19, pacientes adultos com TAG que participaram de um ensaio clínico randomizado (ECR) que avaliou a eficácia de três grupos de tratamento: medicação (Fluoxetina, FLX), mindfulness (Body in Mind Training, BMT) e grupo controle ativo (Qualidade de Vida e Psicoeducação, QoL). O trabalho teve como objetivo também avaliar o impacto da pandemia na saúde mental, física e comportamental dos participantes da pesquisa, e avaliar as memórias da relação parental na infância como preditoras de melhora sintomática aguda nas três diferentes intervenções e de manutenção da melhora durante o período de seguimento. Nosso estudo de seguimento mostrou que os três grupos de tratamento apresentaram uma piora dos sintomas de TAG ao longo do tempo. Além do impacto na saúde mental, a pandemia parece ter afetado a saúde comportamental e física dos participantes. A análise de predição sugere que indivíduos com TAG que possuem memórias de subordinação e ameaça na infância parecem se beneficiar mais de intervenções que desenvolvam estratégias de regulação emocional e autocompaixão, como intervenções baseadas em mindfulness. Em resumo, este trabalho demonstra que características individuais dos pacientes podem contribuir na escolha de tratamentos mais precisos e personalizados. Estudos são necessários para desenvolver tratamentos mais eficazes para TAG, em que os ganhos terapêuticos sejam mantidos a longo prazo, mesmo em situações estressoras.