Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Reinheimer, Giane Marten |
Orientador(a): |
Mola Zanatti, Christian Loret de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14901
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Resumo: |
A ansiedade caracteriza-se como o transtorno mental que mais acomete mulheres no mundo. O Transtorno de Ansiedade Generalizada se distingue da ansiedade não patológica, podendo ser caracterizado por preocupações persistentes, excessivas e duradouras que afetam o funcionamento psicossocial. A crise sanitária ocasionada pela pandemia do novo coronavírus foi associada ao aumento na prevalência no transtorno de ansiedade, principalmente nas mulheres. O presente estudo tem por objetivo avaliar a prevalência dos sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada entre as mulheres que tiveram filhos no ano de 2019, no extremo sul do Brasil, e a possível associação entre o Transtorno de Ansiedade Generalizada e a divisão do trabalho doméstico durante o período pandêmico. O delineamento proposto foi um estudo de análise transversal, de abordagem quantitativa, o qual utilizou os dados de 2020 do acompanhamento do estudo de coorte do município de Rio Grande. A população-alvo constitui-se de 1.040 mulheres consideradas elegíveis por serem residentes na zona urbana e registrarem o nascimento de um único feto. As participantes foram contatadas via telefone ou através das redes sociais, sendo convidadas a responder um questionário on-line através de um link eletrônico. O inquérito da onda II foi realizado no período de julho a dezembro de 2020. Foi utilizado o software REDCap® para organizar as planilhas e gerenciar o banco de dados. As variáveis avaliadas foram a ansiedade através do instrumento Generalized Anxiety Disorder 7-item e a divisão do trabalho doméstico por meio do instrumento denominado “Divisão de Trabalho por Gênero”. Também foram contempladas as seguintes variáveis: idade, cor da pele, escolaridade, renda familiar mensal e situação conjugal. Os resultados obtidos, a partir da análise, apontaram que a prevalência do Transtorno de Ansiedade Generalizada de leve a severa foi de 38,5% sendo maior em mulheres entre 20 e 24 anos (42,9%), com cor da pele parda (43,5%), com 6 a 10 anos de estudo (45,9%), no 2º quintil de renda (43,8%) e que não viviam com companheiro (46,3%). Logo, ter companheiro e pertencer ao grupo de maior renda (5º quintil) são fatores protetivos para a ansiedade. Diante dos dados encontrados, faz- se necessário repensar a forma como acontece a divisão do trabalho doméstico e a promoção da saúde mental feminina. |