Ivermectina nanoencapsulada : desenvolivimento de formulações e investigação do potencial antitumoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Velho, Maiara Callegaro
Orientador(a): Beck, Ruy Carlos Ruver
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276570
Resumo: A ivermectina (IVM) é um fármaco amplamente utilizado no tratamento de doenças parasitárias, e tem sido foco de estudos recentes visando desvendar seu potencial efeito anticâncer. No entanto, suas formulações convencionais enfrentam limitações de solubilidade e biodisponibilidade oral. Nesta tese, exploramos a hipótese de que a nanoencapsulação da IVM pode proporcionar um efeito antitumoral eficaz em concentrações clinicamente viáveis. Inicialmente, realizamos uma revisão abrangente da literatura para compreender as necessidades de aprimoramento das formulações convencionais de IVM (Capítulo 1). Em seguida, desenvolvemos carreadores nanoestruturados orgânicos e inorgânicos contendo IVM – nanocápsulas poliméricas (IVM-NC) e partículas de sílica mesoporosa (IVM-MCM) – e avaliamos seu impacto na solubilidade aquosa e liberação do fármaco in vitro (Capítulo 2). Por fim, delineamos um estudo pioneiro para avaliar o efeito dos diferentes nanocarreadores no desempenho terapêutico da IVM em diversos modelos celulares de câncer e em um modelo tumoral in vivo (Capítulo 3). Os resultados mostraram que ambos os nanossistemas melhoraram significativamente a solubilidade aquosa intrínseca da IVM. A IVM-NC apresentou uma liberação mais controlada e sustentada em comparação com o IVM-MCM. O perfil de liberação da IVM influenciou a indução da morte celular, especialmente para o IVM-NC, cujo efeito foi dependente do tempo de exposição. Ambas as nanopartículas carregadas com IVM reduziram significativamente a viabilidade celular em diferentes linhagens celulares de câncer, especialmente em células de glioma, o que levou à avaliação das formulações desenvolvidas em um modelo pré-clínico. Resultados in vivo demonstraram a maior supressão do tumor em um modelo de glioma em rato, após a administração intranasal, comparado ao fármaco livre, sugerindo que fármaco atingiu concentrações mais eficazes no tecido cerebral pela sua nanoencapsulação. Esse efeito foi superior comparado ao efeito da sua encapsulação em partículas de sílica (IVM-MCM). Em suma, esta tese validou a hipótese da nanoencapsulação da IVM como alternativa para contornar suas limitações farmacotécnicas e biofarmacêuticas para o emprego como agente antitumoral, com a influência do tipo de nanosistema empregado.