Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Amarante, Francyne Bochi do |
Orientador(a): |
Scherer, Claiton Marlon dos Santos,
Jackson, Christopher Aiden-Lee |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263305
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Resumo: |
As bacias marginais do sudeste brasileiro compreendem três estágios evolutivos: rifte, sag e margem passiva. Os modelos geológicos clássicos destas bacias abordam os estágios finais, sag e margem passiva, como isolados e independentes do estágio rifte inicial, onde tem-se subsidência mecânica expressiva controlada por falhas normais. Porém, essa abordagem simplifica a complexidade estratigráfica e estrutural onde as fases rifte e sag formam um contínuo evolutivo. O objetivo principal da presente tese é analisar o quanto a morfologia herdada do estágio rifte impacta a tectônica e sedimentação dos estágios posteriores nas bacias de Campos e Espírito Santo. A metodologia central é a interpretação sismoestratigráfica a partir de dados sísmicos 2D e 3D, e dados petrofísicos e litológicos de poços. A base de dados provém da BDEP-ANP. Na Bacia do Espírito Santo fez-se a análise interna do intervalo sag pré-sal, onde foram individualizadas quatro sequências genéticas. Unindo interpretações estratigráficas e tectônicas, observa-se que as duas unidades basais são fortemente controladas pelo paleorelevo herdado, de forma que a sedimentação é confinada às calhas rifte. As duas unidades superiores registram um gradual aumento na área deposional, à medida que a sedimentação transcende gradualmente as calhas rifte conforme há subida do nível de base lacustre. Na Bacia de Campos fez-se a caracterização dos estilos estruturais relacionados à tectônica do sal, bem como a identificação dos principais fatores controladores da deformação. A interpretação do estilo e distribuição das estruturas de sal e do sedimento sobrejacente (estágio margem passiva) relacionadas resultou na definição de três domínios de deformação halocinética: domínio extensional proximal, domínio contracional distal, e domínio multifásico intermediário. Rampas na superfície da base do sal relacionadas ao paleorelevo herdado, geram eixos locais de contração e extensão em resposta a variações na velocidade de fluxo do sal. Tais mudanças de tensão locais afetam os domínios regionais de deformação e influenciam os tipos de estruturas geradas no sal e sedimentos do estágio margem passiva, bem como sua evolução no tempo e espaço. A partir do estudo das bacias de Campos e Espírito Santo conclui-se, portanto, que a morfologia do estágio rifte influencia na tectônica e sedimentação dos estágios sag e margem passiva sobrejacentes. |