Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Soares, Fabiano Pasqualotto |
Orientador(a): |
Antunes, Apio Cláudio Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199297
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Resumo: |
Os aneurismas intracranianos estão presentes em 2 a 5% da população. Dentre eles, os aneurismas da artéria comunicante anterior são os que podem sofrer ruptura com maior frequência. A hemorragia subaracnóide decorrente de um aneurisma cerebral roto é um quadro de extrema gravidade. O estudo teve por objetivo caracterizar o perfil clínico de pacientes portadores de aneurismas de artéria comunicante anterior operados em um serviço de neurocirurgia de Porto Alegre entre agosto de 2008 e janeiro de 2015, comparar com os dados da literatura e verificar a presença de correlação entre dados clínicos, dados morfológicos do aneurisma e desfecho. Foi realizada revisão de prontuários médicos, bem como análise dos exames radiológicos realizados para diagnóstico do aneurisma. No período estudado, 100 pacientes foram operados. Do total, 15 pacientes portavam aneurismas não-rotos e 85 portavam aneurismas rotos, dos quais a maioria se classificava como Hunt-Hess 1 e 2. Aneurismas rotos apresentaram aspect ratio maior que aneurismas não-rotos (2,37±0,71 vs 1,93±0,51, p=0,02). Optou-se pela realização de craniotomia pterional em todos os casos, sendo o lado da abordagem determinado pelo enchimento angiográfico preferencial do aneurisma. Ruptura transoperatória ocorreu em 3% dos casos (n=3) e clipagem temporária foi utilizada em 15% (n=15). Vasoespasmo clínico ocorreu em 43 pacientes (50,6%) portadores de aneurismas rotos. A mortalidade total foi 26%, sendo 25 do grupo de aneurismas rotos (29,4%) e 1 do grupo de aneurismas não-rotos (6%). O desfecho clínico (Glasgow Outcome Scale) foi favorável (GOS 4 ou 5) em 54% dos pacientes, sendo melhor entre pacientes portadores de aneurisma não-roto (p=0,01). Em pacientes portadores de aneurismas rotos, associaram-se à mortalidade a graduação de Hunt-Hess no préoperatório (p<0,001), hidrocefalia (p<0,001) e presença de complicações clínicas (p<0,001); associaram-se a desfecho desfavorável a graduação de Hunt-Hess (p<0,001), escala de Fisher (p=0,015), vasoespasmo clínico (p=0,012), derivação ventricular externa (p=0,015), hidrocefalia (p<0,001) e presença de complicações clínicas (p=0,001). No caso de pacientes portadores de aneurisma não-roto, associou-se à mortalidade apenas a presença de complicações clínicas (p<0,001). Os dados obtidos são comparáveis com a literatura e demonstram que, apesar de avanços no manejo da hemorragia subaracnóide e do tratamento cirúrgico de aneurismas, a mortalidade ainda é alta, em especial devido às diversas complicações clínicas que esses pacientes estão sujeitos. |