Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Noro, Deisi |
Orientador(a): |
Nobile, Marcia Finimundi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196534
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Resumo: |
A complexidade do conhecimento associada à realidade sobre a diversidade sexual e de gênero constituem um dos sustentáculos para uma educação acolhedora, que promova a interconexão de saberes e a aplicabilidade da íntegra que significa a palavra respeito. Para isso, é necessário investir na formação docente inicial e continuada, de forma que os/as professores/as compreendam e conduzam criticamente as questões trazidas pelas comunidades escolares. A interdisciplinaridade dos estudos de gênero tem sido assombrada pelo desconhecimento, preconceito, interesses político-partidários e crenças religiosas que se sobrepõem aos direitos humanos, o que favorece pensar nas contribuições das neurociências para contrapor a heternormatividade. Considerando fatores como a aversão em nominar a diversidades sexual e de gênero, o (des) conhecimento prévio dos docentes sobre o tema, a ausência de informações passíveis de identificar os casos de evasão e exclusão escolar que possam ter ligação com a homofobia, as controvérsias presentes em diferentes setores da sociedade capazes de alterar o texto da Base Nacional Comum Curricular, o impacto do uso do nome social na educação básica diante da negação do Programa Escola Sem Homofobia, os limites da interferência social na educação que expõe a visão, as crenças e valores presentes nos comentários de pessoas contrárias à formação docente sobre gênero, esta pesquisa busca qualificar os conceitos, desmistificar ações no ambiente escolar e desconstruir expressões estigmatizadas e difamatórias através dos níveis de análise das neurociências, pela ótica de diferentes autores/as. O referencial metodológico está ancorado numa abordagem qualitativa de natureza aplicada, com o objetivo de ser exploratória, utiliza a revisão documental, bibliográfica e contatos diretos como procedimentos para obtenção dos dados. O campo de pesquisa são docentes das Escolas Municipais de Ensino Fundamental de Farroupilha/RS. Entre os instrumentos facilitadores estão a aplicação de questionário, o Projeto de Lei 068/2015, apresentado na Câmara Municipal de Vereadores do mesmo município, as referências ao tema nas discussões e aprovação da BNCC, na Resolução do Conselho Nacional de Educação sobre o uso do nome social para travestis e transexuais, livros e artigos relacionados à temática. Os resultados da pesquisa compuseram oito artigos que são apresentados nos capítulos desta tese. A análise dos resultados indica que a imersão nos exemplos de contribuições das neurociências sobre a diversidade sexual e de gênero favorece o conhecimento da importância em distinguir sexo biológico, orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero. A necessidade de uma oficina didática, proposta nos encontros de formação, estabelece uma interlocução entre possíveis expressões de gênero e a sua respectiva organização corporal e identitária, impactando, assegurando e conferindo aos estudos de gênero a certeza das afirmações necessárias para a incompatibilidade entre conhecimento e heteronormatividade. |