Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Flores, Vinicius Martins |
Orientador(a): |
Finger, Ingrid |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273043
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Resumo: |
Em aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) os aprendizes ouvintes descobrem que as línguas de sinais possuem um alto grau de iconicidade, que existem classificadores e que essas línguas são repletas de manifestações de expressão corporal e facial. Nesse contexto, a análise da iconicidade gera intenso debate, que vão desde classificações de sinais icônicos ou arbitrários até visões pregam que a iconicidade é característica das línguas de modalidade visuoespacial (TAUB, 2000; WILCOX, 2004). O presente estudo teve como objetivo geral investigar a iconicidade na Libras a partir da percepção do grau de iconicidade de três tipos de bilíngues: (a) aprendizes iniciantes de Libras como segunda língua (L2), (b) Tradutores Intérpretes de Língua de Sinais, e (c) pessoas surdas usuárias de Libras como primeira língua (L1), por meio de um Questionário de Histórico da Linguagem e Autoavaliação de Proficiência (QueHLAP) e de uma Tarefa de Identificação do Grau de Iconicidade (TIGI). Sendo assim, desenharam-se os seguintes objetivos específicos: a) comparar em que medida a experiência bilíngue (aprendizes de Libras x TILS x pessoas surdas usuárias de Libras como L1) influencia a percepção de iconicidade da Libras; e b) averiguar como os parâmetros/traços fonológicos da Libras podem influenciar a percepção do grau de iconicidade na identificação do sinal pelos participantes de cada grupo testado. A partir desse objetivo geral e dos específicos, foi aplicada a Tarefa de Identificação de Grau de Iconicidade composta por 97 sinais (7 sinais de treino e 90 da Tarefa), elencados através de um estudo que investigou vocabulário de ensino de Libras como L2 para ouvintes adultos. Para fazer parte da amostra, no Grupo 1, composto por aprendizes de Libras, os participantes deveriam ser: (a) ouvintes, (b) falantes de português como L1; (c) estudantes em nível de graduação (independentemente do curso); (d) matriculados em disciplina de Libras; e (e) não ter tido contato com a Libras anteriormente ao início da disciplina. Os critérios de inclusão no Grupo 2, formado por Tradutores e Intérpretes de Libras (TILS), os participantes deveriam declarar (a) atuar há 2 anos ou mais como tradutores ou intérpretes de Libras-Português; (b) com carga horária mínima de 20 horas semanais. E por fim, o Grupo 3, composto por Surdos, tinha como critério de participação ser usuário de Libras que se identificasse como utente de Libras como L1. Todos os participantes preencheram no mínimo 90% do QueHLAP e realizaram a TIGI do início ao fim sem interrupção. Participaram deste estudo 48 pessoas em cada grupo previsto (Aprendizes de Libras; TILS; e Surdos), totalizando 144 participantes, todos residentes na região metropolitana e na capital do estado. Os resultados demonstraram que a percepção de iconicidade foi influenciada pela experiência bilíngue, assim confirmando as hipóteses da pesquisa que sugeriam que a atribuição de valor de iconicidade seria mais alta conforme a maior experiência com a língua de sinais. Além disso, contrariamente ao esperado, o parâmetro/traço fonológico de movimento da Libras não foi o mais evidente na percepção do grau de iconicidade pelos participantes. Esses resultados confirmam que há vários fatores que interagem com a experiência linguística dos bilíngues no que se refere à percepção da iconicidade. |