Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Lorenzo, Ricardo de |
Orientador(a): |
Xavier, Regina Célia Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/13086
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Resumo: |
O objetivo desta investigação foi analisar o universo daqueles indivíduos internados na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre entre os anos de 1843 e 1872 com o diagnóstico de "alienação mental", ou outro análogo. Para isso, examinei a regulamentação da cidade através das funções normativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal e do Código de Posturas. Fiz uma leitura das discussões dos parlamentares provinciais acerca do trato com os inválidos e os vadios, e procurei traçar o perfil da população da capital rio-grandense, cidade escravista e hierarquizada. A Santa Casa, especialmente a partir da criação do seu Asilo de Alienados, foi apresentada como locus principal de recolhimento desses indivíduos, numa atuação muitas vezes associada ao poder policial. Políticas que envolviam a caridade e o controle dos grupos sociais marginalizados, nos quais cativos, libertos e pobres eram os alvos preferenciais. Nesse sentido, ficou evidente que os confinamentos muitas vezes se apresentavam como repressão ao não-trabalho e aos indivíduos insubmissos. Por outro lado, a definição do que era loucura implicava em diferentes níveis de prevalência dos diagnósticos dos médicos. As variações entre as concepções acadêmicas, o entendimento popular sobre as artes de curar e as disputas entre os médicos e as diversas instâncias de poder - como a policial e a judicial - foram aspectos considerados nas observações dos episódios de confinamento. Finalmente, por se tratar de uma sociedade escravista, e a ainda que as fontes analisadas não permitissem uma resposta aprofundada, busquei o entendimento possível sobre a circulação das concepções de africanos e seus descendentes a respeito da doença e da cura. |