Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Zettel, Roberta França Vieira |
Orientador(a): |
Kühn, Fábio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/36045
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Resumo: |
Em qualquer sociedade, o pertencimento familiar é definido, em parte, por sorte ou azar biológico e demográfico. Durante o escravismo, as determinações geradas por essa definição eram bastante significativas, afinal, os sujeitos nasciam ocupando categorias jurídicas e sociais impostas pelo ventre ou pelo sangüe - e nascer ou possuir um passado escravo tinha implicações para além da vivência estritamente privada das pessoas. Por outro lado, também existiram vias mais ou menos formalizadas através das quais os homens e as mulheres puderam exercer um grau maior de eleição. Por meio do casamento e do apadrinhamento originaram-se laços familiares que uniram membros de estratos sociais bastante diversificados. Em outras palavras, a família se constitui em um fenônemo social e a maneira pela qual se constróem e como se configuram esses arranjos resultam na possibilidade de mobilidade ascendente ou descentende dos sujeitos. Esse estudo se baseou nos pressupostos acima descritos para a investigação das famílias de escravos na Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo, entre 1845 a 1865. A principal documentação utilizada foram os registros de casamentos e batismos de escravos da Freguesia, com a finalidade de identificar regularidades que revelassem os significados das relações familiares para os senhores e suas escravarias. A região de Rio Pardo possuía relações escravistas bastante maduras, pois contava com essa mão-deobra desde a colonização portuguesa, no século XVIII. Tradicionalmente, ali foram incentivadas a formação de laços parentais entre os cativos, possivelmente por tratar-se de uma região fronteiriça e que demandava trabalho de grande mobilidade, a lida campeira. Para o período pesquisado percebe-se a transformação desse panorama, quando constata-se a restrição as uniões oficializadas entre escravos. Em contrapartida, permanece a possibilidade de ampliação das relações sociais através da cerimônia de batismo. |