Avaliação da mutação braf em nevos melanocíticos e em nevos recorrentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Okada, Maísa Aparecida Matico Utsumi
Orientador(a): Bakos, Renato Marchiori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271923
Resumo: Base teórica Nevos recorrentes são lesões hiperpigmentadas que surgem no local de um nevo melanocítico parcialmente removido. Mutações BRAF são frequentemente identificadas em nevos e no melanoma maligno. No entanto, pouco se sabe sobre a expressão de BRAF em nevos recorrentes e suas associações. Objetivos Investigar a expressão imuno-histoquímica de BRAF em nevos melanocíticos removidos cirurgicamente por shaving e em suas lesões recidivadas, assim como identificar associações entre BRAF e características clínicas, histopatológicas e dermatoscópicas em nevos primários e recorrentes. Métodos Estudo transversal foi conduzido envolvendo todos os nevos recorrentes (58), obtidos por estudo prospectivo prévio, em que 224 nevos foram removidos por shaving. A marcação imuno-histoquímica de BRAF foi avaliada em nevos primários e recorrentes. A expressão de Ki-67 também foi avaliada. Dados clínicos dos pacientes (fototipo, idade e género), assim como achados dermatoscópicos das lesões primarias e recidivas foram avaliados. Associações entre BRAF e outras características também foram avaliadas. Resultados A expressão da mutação BRAF foi identificada em 74% dos nevos melanocíticos primários e em 72% dos nevos recorrentes. No nevo primário, a expressão da mutação BRAF não foi associada com outras variáveis. No entanto, a expressão de BRAF nos nevos recorrentes foi associada com a presença de hiperpigmentação anular no nevo primário (p = 0,011) e ocorrência de áreas sem estruturas dermatoscópicas na lesão recidivada (p = 0,025). A mutação foi mais frequente em nevos recorrentes localizados em áreas cronicamente expostas ao sol (<0,001). Quanto à expressão de Ki-67, 31% dos nevos primários apresentaram positividade, enquanto todos os nevos recorrentes apresentaram positividade. A marcação de Ki-67 se associou com casos em que foi vista hiperpigmentação no reverso da peça cirúrgica por dermatoscopia ex-vivo. Conclusão O presente estudo traz mais informações sobre nevos recorrentes. Hiperpigmentação anular em nevos primários parece estar associado com a mutação BRAF, assim como recorrências localizadas em áreas de exposição solar crônica. Positividade em Ki-67 é achado marcante em lesões recorrentes. Estudos adicionais em nevos recorrentes são necessários.