Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Batista, Chester Patrique |
Orientador(a): |
Diaz Gonzalez, Félix Hilário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248931
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Resumo: |
A baixa funcionalidade hepática tem se apresentado de forma incisiva nos rebanhos leiteiros, causando severas perdas diretas e indiretas ao desempenho dos animais. Geralmente afeta os animais no período final da gestação e o início da lactação, as quais são fases de intensa demanda energética em que geralmente as demandas não acompanham o consumo alimentar. Os principais problemas relacionados com ela são a baixa produção de leite, menor eficiência reprodutiva, aumento da incidência de outras doenças e descarte involuntário. Durante o período de transição, a diminuição no consumo de matéria seca e o aumento da demanda energética, promovem uma lipomobilização que incrementa as concentrações séricas dos ácidos graxos não esterificados (NEFA) e do beta-hidroxibutirato (BHB). O aumento destes parâmetros indica um maior grau de balanço energético negativo, que pode levar um acúmulo de triglicerídeos e lipídeos totais no fígado originando a lipidose hepática. O presente estudo teve como objetivos: (1) Associar os metabólitos com o grau de infiltração lipídica e com a perda de condição corporal avaliada de forma objetiva (câmera de escore) e subjetiva (escala visual de Ferguson), bem como comparar o grau de concordância dos dois métodos de avaliação; (2) Correlacionar o grau de infiltração lipídica com o índice de função hepática (IFH); (3) Comparar os valores dos indicadores bioquímicos com o grau de infiltração lipídica no pré e pós-parto. Para tanto foram realizados dois estudos. No primeiro estudo, foram utilizadas 51 vacas leiteiras multíparas da raça Holandesa, avaliadas durante os primeiros 28 dias de lactação. Foi determinado o grau de infiltração lipídica mediante histopatologia hepática. Simultaneamente foram realizadas amostragens de sangue para avaliação dos indicadores de lesão e função hepática (AST, GGT, FA, albumina, bilirrubina, colesterol) e a avaliação do escore de condição corporal. Diferentemente do esperado, as vacas de ambos os grupos de coleta não apresentaram grau de infiltração lipídica considerável, e somente alguns animais apresentaram grau leve de infiltração. A perda de condição corporal foi de 0,19 pontos para o método subjetivo e 0,17 pontos para o método objetivo entre o 3º e o 28º dia pós-parto. As concentrações de BHB, NEFA, GGT, AST, FA, e bilirrubina sofreram diminuição entre os dois períodos. No entanto, houve aumento dos valores de albumina e colesterol no mesmo período. Independente do grupo, todas as vacas apresentaram hipocolesterolemia no pós-parto imediato. Houve uma correlação positiva e significativa entre os métodos subjetivo e objetivo de avaliação do ECC. Comparação nos metabólitos de vacas com e sem lipidose (total) o único metabólito alterado foi o colesterol das vacas com lipidose hepática, os demais estavam dentro dos intervalos de referência. As vacas com lipidose hepática no pós-parto apresentaram índice de função hepática menor (-3,46), comparado com vacas sem lipidose (-1,02), podendo o IFH ser usado como teste indicativo de lipidose hepática. No segundo estudo foram utilizadas 54 vacas leiteiras multíparas da raça Holandesa, divididas em dois grupos (pré e pós-parto). Foi determinado a infiltração lipídica mediante a técnica de extração química de lipídeos hepáticos. Simultaneamente foram realizadas amostragens de sangue para avaliação dos indicadores bioquímicos. Ocorrência de lipidose sevara encontrada no estudo foi de 20% das vacas no pré e pós-parto. Foram encontradas correlações positivas entre os dias ao leite (DIM) e aspartato aminotranferase (AST), entre colesterol e triglicerídeos plasmáticos (TRp), entre triglicerídeos hepáticos (TG) e AST, entre NEFA e AST, e entre creatina quinase (CK) e AST, e correlações negativas entre TRp e DIM, assim como entre TG e TRp. Conclui-se que a incidência da lipidose hepática leve atinge as vacas leiteiras alterando o perfil bioquímico de forma discreta, tendo o controle do ECC das vacas um dos fatores chave para minimizar esta patologia e suas consequências. |