Nível de atividade física, função cardiopulmonar, força muscular respiratória e periférica e qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Tatiane de Souza
Orientador(a): Rovedder, Paula Maria Eidt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239144
Resumo: Introdução: A doença renal crônica (DRC) é uma disfunção silenciosa que leva a perda lenta, progressiva e irreversível da função renal. A fisiopatologia da doença, associada ao impacto do tratamento hemodialítico, leva a uma baixa tolerância ao exercício e descondicionamento físico, colaboram para a diminuição da funcionalidade e impactando negativamente a função pulmonar, a capacidade cardiopulmonar e a qualidade de vida destes indivíduos. O nível de atividade física e a relação com a função pulmonar, a capacidade cardiopulmonar, a força muscular e periférica e a qualidade de vida ainda não estão bem elucidadas em pacientes com DRC em tratamento hemodialítico. Objetivo: Determinar o NAF e correlacionar com as variáveis de função cardiopulmonar, espirométricas, de força muscular respiratória e periférica e de qualidade de vida nos pacientes com DRC em tratamento hemodialítico. Metodologia: Estudo transversal com indivíduos estáveis clinicamente, com 18 anos ou mais, diagnosticados com DRC há mais de 6 meses, em tratamento hemodialítico no Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) por pelo menos 3 meses. Todos os sujeitos foram submetidos a ao uso do pedômetro (contagem de passos), ao teste de esforço cardiopulmonar (TECP), a espirometria, a manovacuometria, ao teste de 1RM e ao questionário de qualidade de vida. Resultados: Foram incluídos 35 pacientes nesse estudo; a média de idade foi de 54,3±13,3 anos. A média de passos/dia monitorado pelo pedômetro foi de 5679,7 ± 4881,6 (634,4 - 20422,2). O NAF demonstrou uma correlação moderada com VO2pico (r = 0,57; p = 0,001), com VE ( r = 0,407; p = 0,031), com o VEF1 ( r = 0,436; p = 0,020) e com a CVF ( r = 0,419; p = 0,027) em % do predito e com o KDQOLL no domínio funcionamento físico (r = 0,471; p = 0,15).Na classificação do NAF os pacientes altamente ativos representaram 3,22%, os ativos 16,12%, os pouco ativos 12,90%, os ativos 6,45% e os sedentários 64,5%. Conclusão: Pacientes com DRC em tratamento hemodialítico apresentaram NAF reduzido, com prevalência de 64,5% de sedentarismo. Além disso, pacientes mais ativos apresentaram maior capacidade de exercício, avaliada pelo TECP, melhor função pulmonar e melhor qualidade de vida.