Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Limberger, Lucienne Rossi Lopes |
Orientador(a): |
Reis, Antonio Tarcisio da Luz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/200621
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Resumo: |
Esta pesquisa investiga os espaços de recreação infantil (ERIs) localizados em praças e parques urbanos, mais especificamente a adequação das características locacionais, físico-espaciais e equipamentos para as crianças usuárias e acompanhantes. Os métodos de coleta de dados utilizados fazem parte da área de estudos Ambiente-Comportamento, nomeadamente: questionários, aplicados para os acompanhantes; entrevistas com crianças de 4 a 12 anos; e mapas comportamentais, elaborados a partir de observações de comportamento em cada um dos oito ERIs investigados localizados na cidade de Porto Alegre, RS. A análise de dados foi realizada através de testes estatísticos tais como Tabulação cruzada (Phi) e Kruskal Walis no programa SPSS® (Statistical Package for Social Sciences). Os resultados sugerem que, em geral, os ERIs nas praças e parques são mais usados pelas crianças em idade pré-escolar (7 meses a 6 anos), que vivem em apartamentos e, consequentemente tem maior necessidade de contato com os espaços abertos para gastar as energias. Quanto aos aspectos locacionais, não existem diferenças de avaliação das distâncias percorridas a pé, que variam de 50 metros a 250 metros, entre os acompanhantes das crianças nas distintas faixas etárias. No entanto, as crianças que se deslocam a pé ou são conduzidas por seus acompanhantes, no colo ou carrinho de bebê são mais frequentes nos ERIs do que as conduzidas de carro. Ainda, o fator que mais influência na avaliação da segurança quanto à ocorrência de crimes e estado de conservação é a localização do ERI na praça ou parque; aqueles com maior nível de visibilidade das vias e para as demais atividades do entorno são melhores avaliados do que os ERIs localizados em área mais interna da praça ou parque e, consequentemente, menos visível do entorno da praça ou parque. Quanto aos aspectos físico-espaciais, existem diferenças de avaliação das delimitações existentes nos ERIs. Os ERIs sem cerca, em geral, são mais bem avaliados pelos acompanhantes das crianças por estimularem maior liberdade e diversidade de brincadeiras, pela possibilidade de interação com restante da praça ou parque, independentemente da faixa etária das crianças. Ainda, o fator que mais influência na avaliação positiva dos ERIs cercados é a localização na praça ou parque. Os ERIs cercados, localizados nas proximidades das vias do entorno, em geral, são mais bem avaliados do que os ERIs cercados localizados em área mais interna da praça ou parque. A existência de cerca delimitando o ERI tende a ser mais bem avaliada pelos acompanhantes das crianças de 4 a 6 anos, em função das características dessa faixa etária, mais independentes e ativas do que as crianças de 7 meses a 3 anos, e mais desatentas do que aquelas mais velhas (de 7 a 12 anos). Ainda, o fator que mais influência na avaliação da implantação é a visibilidade da criança. Em geral, são mais bem avaliados os ERIs em que os equipamentos estáticos de menor altura estão dispostos na área central e os equipamentos com partes móveis, nas laterais ou áreas mais protegidas do ERI. Os equipamentos recreativos mais usados e preferidos pelas crianças nas distintas faixas etárias, são aqueles com a função de balançar, multiuso e sem função definida, independentemente da faixa etária. Quanto ao gênero existe diferença de preferência entre as crianças mais velhas (7 a 12 anos). Os equipamentos estáticos com função de escalada, em geral, são preferidos pelos meninos e os equipamentos com partes móveis com a função de balançar, pelas meninas. Quanto aos equipamentos de outros contextos que podem estimular maior desenvolvimento físico-cognitivo das crianças, os adaptados de elementos naturais (como vegetação, terra e areia) e circuito de escalada são os mais indicados entre os que as crianças gostariam que existissem nos ERIs em nossa realidade, respectivamente, pela maior variedade de brincadeiras criativas e pelo maior nível de desafio associado. Por fim, espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para qualificar os espaços de recreação infantil (ERIs), a fim de atender melhor às necessidades físico-cognitivas e de ludicidade das crianças nas diferentes faixas etárias, importante para promover a saúde e o desenvolvimento infantil. |