Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kubaski, Francielle |
Orientador(a): |
Pereira, Claudio Calovi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181047
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Resumo: |
A Praça da Matriz e a Praça da Alfândega são as principais praças de Porto Alegre por suas características históricas, arquitetônicas, culturais e institucionais. Este trabalho procura mostrar estas duas praças sob a ótica da disposição das edificações como os elementos de delimitação de espaços e, portanto, como definidores do projeto do espaço aberto, determinando assim suas formas de experimentação espacial. A preocupação dos arquitetos com a disposição de elementos e sua experimentação pelas pessoas não é um fenômeno recente. Embora Vitrúvio já mencionasse a necessidade de considerar as peculiaridades da visualização humana no projeto de templos, não tratou desse fenômeno em relação ao movimento das pessoas diante e dentro deles. Contudo, Bacon mostra que os principais edifícios dos centros de cidades gregas e romanas eram dispostos levando em consideração a percepção sequencial do espaço pelas pessoas. Na época em que a tradição Beaux-Arts se desenvolveu na França (séculos XVII-XIX) foram introduzidas diretrizes de projeto arquitetônico que consideravam o percurso das pessoas pelos diferentes espaços do edifício. O projeto foi então entendido como composição, envolvendo um arranjo sequencial de partes (enfilade) que oferecem diferentes quadros (tableaux) ao visitante, num percurso coordenado (marche). Esse conceito foi retomado mais tarde por Le Corbusier, que o denominou promenade architecturale (passeio arquitetônico). O propósito desta dissertação é examinar as duas principais praças de Porto Alegre sob a perspectiva da composição arquitetônica, como acima definida. Portanto, estas duas praças serão analisadas com vistas a comprovar que são um conjunto de cheios e vazios que, em um determinado momento, foram intencionalmente compostos por arquitetos e/ou outras pessoas envolvidas no processo. Ao longo da história destes espaços, buscar-se-á identificar momentos em que um determinado arranjo compositivo se configurou. Ao mesmo tempo, será analisado o quanto um determinado arranjo foi efetivado e como pode ter sido alterado posteriormente. Para compreender melhor estes projetos, serão demostrados quais foram as transformações experimentadas ao longo da história da cidade por estas praças e por seus limites formais, analisando-se as modificações que estas transformações criam na percepção do espaço do ponto de vista arquitetônico. |