Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Dieison Marconi |
Orientador(a): |
Rossini, Miriam de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206808
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Resumo: |
Este estudo desenvolve uma ideia de autoria queer no cinema brasileiro contemporâneo enquanto um exercício de performance. Parte-se de um mapeamento de realizadoras transbichas- sapatas que, desde meados dos anos 2000 até o presente momento, dirigiram e roteirizaram filmes com personagens queer, sapatas, bichas, trans, butches, veados e/ou que abordaram em seus filmes temas correntes como corporalidade, gênero, pornografia e sexualidade. Apresenta-se esse mapeamento sob o argumento de que o cinema brasileiro contemporâneo é marcado pela complexidade e pela multiplicidade de outros sujeitos históricos que estão filmando. E, por esse motivo, a produção dessas imagens é contingenciada de um modo potente e precário por experiências deslocadas e deslocantes. Assim, o mapeamento construído expõe não só um flexível e extenso número de realizadores, mas também algumas informações sobre suas identificações de sexo/gênero, região, estado, cidade, formas de financiamento e modelos de produção. A partir desse contexto, realiza-se uma seleção de diretores/diretoras/roteiristas/performers para conversas e entrevistas - a fim de dialogar sobre seus processos criativos e de produção. Essas conversas são friccionadas junto a filmes, materiais extrafílmicos e teorizações oriundas dos campos das artes, do cinema, da política, da estética e da performance. Com isso, desenvolve-se um caminho reparativo e ensaístico que, sem restaurar o tema de um sujeito originário, busca entender como esses sujeitos de gênero, corpo e sexualidade dissidentes se constituem como autores ou autoras queer no cinema brasileiro contemporâneo. Considera-se, assim, que a autoria queer trata-se de uma performance incorporada que reconfigura a experiência e o vivido e que comunica histórias pessoais e culturais das homossexualidades e das transexualidades. Além disso, elas oferecem uma partilha política e estética que coloca em crise valores e normatividades do “bom” e do “cânone”, produzem diferentes repertórios de sensibilidades e promovem uma inflexão queer de alguns valores das noções de autoria cinematográfica produzidas e disseminadas ao longo do século XX. |