Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Neves, Fernanda Misso Mario das |
Orientador(a): |
Spritzer, Poli Mara |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/150710
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Resumo: |
Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), caracterizada por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo, é a endocrinopatia mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva, afetando aproximadamente de 6 a 19% desta população, conforme o critério diagnóstico empregado. Além dos distúrbios reprodutivos, as mulheres com PCOS frequentemente apresentam maior prevalência de fatores de risco cardiometabólico como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão, tolerância diminuída à glicose e diabetes mellitus tipo 2. A resistência insulínica e a hiperinsulinemia compensatória são consideradas como o ponto central destas alterações metabólicas. Os critérios atuais para diagnóstico de PCOS, a partir do Consenso de Rotterdam, indroduziram diferentes fenótipos. Os mais frequentes são o fenótipo “clássico” (hiperandrogenismo e anovulução, com ou sem a aparência policística do ovário), e o fenótipo “ovulatório” (hiperandrogenismo e aparência policística do ovário). Evidências sugerem que as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” tenham alterações metabólicas mais severas comparadas às mulheres com o fenótipo ovulatório. Em razão disto, o objetivo do primeiro artigo original foi avaliar o desempenho da circunferência abdominal, da razão cintura-estatura, do índice de conicidade, do produto da acumulação lipídica (LAP) e do índice de adiposidade visceral (VAI) com base no modelo de homeostasia de à insulina (HOMA-IR)≥ 3,8 como padrão de referência para rastreamento de alterações Este estudo mostrou que, dentre os índices de adiposidade avaliados, os que apresentaram maior acurácia foram o LAP entre as mulheres com PCOS fenótipo “clássico” e o VAI entre as com fenótipo “ovulatório”. Aplicando o ponto de corte do LAP< 34, identificamos um subgrupo de pacientes sem alterações cardiometabólicas no grupo de mulheres com PCOS com fenótipo “clássico”, população com maior risco de hipertensão, de dislipidemia e de tolerância diminuída à glicose. Dentre as mulheres com PCOS classificadas com o fenótipo “ovulatório”, VAI≥ 1,32 foi capaz de detectar mulheres com pressão arterial significativamente mais alta e variáveis glicêmicas e lipídicas menos favoráveis em relação às mulheres com PCOS com fenótipo “ovulatório” com VAI abaixo deste ponto de corte. Atualmente, mudanças de estilo de vida (dieta e/ou exercício físico) são consideradas como primeira opção de tratamento não farmacológico nas mulheres com PCOS. Embora a prática de, pelo menos, 30 minutos por dia de exercício físico estruturado seja recomendada e tenha mostrado um potencial efeito na melhora da resistência insulínica e das variáveis antropométricas e hormonais, a manutenção deste hábito a longo prazo permanece como um ponto crítico. Neste sentido, o objetivo do segundo artigo foi avaliar o efeito da atividade física habitual (AFH) nos perfis metabólico e hormonal de mulheres com PCOS e controles pareadas por idade e índice de massa corporal (IMC). A AFH das participantes foi avaliada por meio de pedômetro digital e, conforme o número de passos diário, a participante foi classificada como ativa (≥ 7500 passos/dia) ou sedentária (< 7500 passos/dia). Mulheres ativas, em ambos os diagnósticos, apresentaram menor IMC, circunferência abdominal e LAP. No grupo PCOS, as mulheres ativas apresentaram menores valores de testosterona total, androstenediona e índice de androgênios livres (IAL) em comparação às sedentárias. Além disto, o aumento de 2000 passos foi um preditor independente de redução do IAL nas mulheres com a síndrome. Este estudo mostrou que ser mais ativa foi associado a um perfil antropométrico e metabólico mais saudável, portanto encorajar um estilo de vida mais ativo pode ser benéfico para mulheres com PCOS, especialmente para as obesas e sedentárias. |