"O mito atlântico" : relatando experiências singulares de mobilidade dos estudantes africanos em Porto Alegre no jogo de construção e reconstrução de suas identidades étnicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mungoi, Dulce Maria Domingos Chale João
Orientador(a): Steil, Carlos Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8028
Resumo: A partir da aplicação do método etnográfico que envolve a observação participante e a realização de entrevistas abertas, a presente pesquisa faz um estudo antropológico sobre as experiências singulares de deslocamento de estudantes universitários, provenientes de diferentes países africanos, matriculados em Instituições de Ensino Superior, localizadas na cidade e região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Partindo do pressuposto de que todos indivíduos e grupos constroem categorias para se conhecer, classificar a si e ao “’outro”, definindo fronteiras entre “eu” e “outro”, “nós” e “eles”, o estudo dá enfoque especial sobre as referências identitárias e práticas cotidianas destes sujeitos, onde se busca compreender como estes estudantes se constroem, se identificam e são identificados e as retóricas que eles adotam para se afirmarem como africanos no Brasil. Na nova realidade social e frente a uma “nova” identidade, os estudantes universitários africanos se reconstroem cotidianamente no jogo das relações sociais, acionando as suas identidades continental, nacional e racial. O idioma étnico, “ser africano” torna-se uma referência que aprendem a utilizar, manejando alguns traços diacríticos e desenvolvendo práticas que lhes permite a sua identificação como africanos pela população de acolhimento. As festas “típicas”, a comida, o traje, a língua, o sotaque e o penteado são alguns dos elementos simbólicos manipulados pelos estudantes na construção de seu discurso identitário.