Universidade : a vida é mais uma experiência de transformação potencializada pela UFRGS TV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Favaretto, Fernando
Orientador(a): Fischer, Rosa Maria Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181871
Resumo: Como alguém se torna o que é? Qual a contribuição de uma TV universitária para a constituição de um fazer jornalístico? De que modos o estudante se torna um agrônomo, um historiador, um engenheiro, um jornalista? É a partir de questões como essas, ligadas à formação na Universidade, que a presente tese é construída. O fio condutor da pesquisa e de toda a elaboração teórica se faz em torno do programa Universidade: a vida é mais, produzido em uma televisão universitária; nele, quatro estudantes de jornalismo e quatro estudantes de outros cursos de graduação se encontram para falar de suas trajetórias acadêmicas e de muitas outras experiências, para além da vida universitária. O Programa se dispõe a uma escuta do outro, aberto ao que o diferente tem a dizer, como forma de propor modos de pensar a formação acadêmica, técnica, pessoal e cidadã de futuros profissionais. A partir de contribuições teóricas de autores como Michel Foucault, Rosa Maria Bueno Fischer, Carlos Skliar e Jorge Larrosa, pensamos como se dão os processos de transformação dos estudantes, por meio de narrativas de si, dos movimentos do próprio pensamento e da experiência de alteridade, construída no ambiente universitário. São analisados dez episódios do Programa, com foco na multiplicidade de olhares dos oito estudantes; metodologicamente, faz-se na tese um trabalho ensaístico, que busca, numa interlocução entre arte e ciência, modos de potencializar os estudantes como narradores, tanto da própria existência quanto das vidas dos demais. Ao lado de um aprendizado de práticas do jornalismo, da engenharia ou da agronomia, os participantes do Programa expõem as diferentes escolhas na criação de seus modos de constituir-se como cidadãos, pais e mães, amigos e amigas, pesquisadores e profissionais, investindo num desejo de, permanentemente, tornarem-se diferentes do que são. O estudo evidencia, ainda, de modo mais amplo, que talvez a grandeza de uma universidade estaria em que ela pode mais: há uma potência na vida acadêmica, no sentido de outras possibilidades de formação, que invistam nas coisas mínimas, em práticas nas quais tudo o que sucede aos jovens interessa, como matéria simultaneamente de saberes, artes da existência e constituição ética.