Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves, Victoria Aresi |
Orientador(a): |
Goldani, Helena Ayako Sueno,
Bosa, Vera Lúcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271391
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Resumo: |
Introdução: A falência intestinal (FI) é uma condição de má-absorção grave com demanda de nutrição parenteral (NP) que visa suprir energia, fluidos e crescimento em pacientes pediátricos. A bioimpedância elétrica (BIA) é um método não invasivo para a avaliação de composição corporal e indicador prognóstico em variadas situações clínicas. A avaliação da composição corporal é importante para o melhor manejo da NP prolongada. Objetivo: Comparar os parâmetros antropométricos e composição corporal, através da BIA, de crianças com FI em uso de NP prolongada acompanhadas por um Programa de Reabilitação Intestinal, com crianças de um grupo controle saudáveis e sem patologias crônicas. Métodos: Estudo transversal. O grupo em estudo foi composto por: crianças, entre zero e 10 anos, com diagnóstico de FI, em uso atual de NP prolongada por período igual ou superior a 60 dias. Grupo controle foi formado por crianças saudáveis e sem patologias crônicas, pareadas por sexo e idade. Dados coletados do prontuário eletrônico foram: idade do paciente, sexo, prematuridade, peso para a idade gestacional, tempo de uso da NP, causa da FI, extensão de intestino remanescente, classificação da síndrome do intestino curto, ausência de válvula ileocecal e aleitamento materno. Os parâmetros antropométricos avaliados foram: peso, estatura, zscore de estatura/idade (E/I), classificação E/I, IMC, z-score de IMC/I, classificação IMC/I, circunferência braquial (CB), dobra cutânea triciptal (DCT), dobra cutânea subescapular (DCS), circunferência muscular do braço (CMB), massa livre de gordura (MLG), ângulo de fase (AF) e massa celular corporal (MCC). O exame de BIA foi realizado com o aparelho tetrapolar e solicitado jejum ou pausa da NP por 4 horas. O presente projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA e os pais ou responsáveis legais assinaram o TCLE referente às crianças do grupo em estudo ou ao grupo controle. Resultados: Foram incluídas 28 crianças no grupo em estudo, mediana de idade de 11 (8-27) meses, 53,6% do sexo masculino. Foram incluídas outras 28 crianças no grupo controle, mediana de idade de 12,5 (8-24,7) meses, 50% do sexo masculino. Os resultados que apresentaram diferença significativa entre os grupos em estudo e controle foram respectivamente: z-escore estatura para idade (E/I), média (DP) de -1,2 ± 1,3 vs -0,43 ± 0,1, P=0,023; massa gorda (MG), mediana (min-max) de 3,4 (2,9-11,7)%vs12,7 (7,6-16,2)%, P=0,003; massa livre de gordura (MLG), média (DP) de 92,2 ± 6,3% vs 87,8 ± 5,8%, P=0,036. Não houve diferença significativa do AF dos dois grupos, mediana (min-max) de 4,3 (3,8-4,6)ºvs 4 (3,8-5,4)º, P=0,98, porém houve correlação positiva do AF com MLG (kg) no grupo controle r=0,65, P<0,01. Conclusões: As crianças com falência intestinal em uso de NP prolongada apresentaram maior prematuridade, menor oferta de aleitamento materno, menor MG e E/I que o grupo controle neste grupo de crianças de um Programa de Reabilitação Intestinal. As crianças do estudo não apresentaram prejuízo na composição corporal quando comparadas com crianças saudáveis e sem patologias crônicas. |