Diabetes mellitus gestacional : perfis glicêmicos e desfechos da gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Andrade, Laís Trevisan de
Orientador(a): Oppermann, Maria Lúcia Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/159561
Resumo: Introdução e objetivos – A finalidade prioritária no tratamento do diabetes mellitus gestacional (DMG) é alcançar níveis de glicemia materna tão próximos da normalidade quanto possível, a fim de reduzir os efeitos adversos associados à hiperglicemia na gestação. A auto verificação da glicemia capilar (perfil glicêmico) é o método mais usado para a monitorização do controle metabólico na gestação complicada por diabetes. Nosso objetivo foi analisar as associações entre os perfis glicêmicos maternos com os principais desfechos da gestação numa população de mulheres com DMG acompanhadas em ambulatório de pré-natal especializado em hospital universitário no sul do Brasil, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Desenho e metodotologia – conduzimos um estudo de coorte prospectiva de gestantes referidas da rede de atenção primária de saúde pública para tratamento do DMG no HCPA, acompanhadas do diagnóstico ao parto. Pesquisamos associações entre os resultados dos perfis glicêmicos com o peso de nascimento e com o risco de recém-nascidos grandes para idade gestacional e de desfechos adversos perinatais. Resultados – acompanhamos 440 mulheres com DMG. A média do índice de massa corporal (IMC) foi 33.3kg/m2. 351 bebês (79.8%) mostraram peso adequado à idade gestacional no nascimento. As médias de glicemia nos perfis pré e pósprandiais aumentaram com o avanço na categoria de peso nascimento. Três ou mais perfis glicêmicos anormais foram o fator de risco mais robusto para o nascimento de bebês grandes (OR 3.15 1.51-6.55) e para o desenvolvimento de desfechos adversos perinatais (OR 2.28 1.59-3.29). O ganho de peso materno durante o tratamento associou-se ao risco de recém-nascido grande para idade gestacional, assim como o IMC pré-gestacional, esse último também fator de risco independente para eventos perinatais adversos. Conclusão – perfis glicêmicos anormais em mais de 2 ocasiões foram o fator de risco mais relacionado ao nascimento de um bebê grande para a idade gestacional e para o desenvolvimento de complicações neonatais. Efeito benéfico do tratamento do DMG, guiado pelos perfis glicêmicos, foi a maioria de recém-nascidos com peso adequado à idade gestacional nessa coorte, apesar da incidência de desfechos perinatais adversos não ter sido diferente entre as categorias de peso fetal de nascimento.