Avaliação de demência em ambulatório especializado no Sul do Brasil : tempo do início dos sintomas até a avaliação com especialista e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Jaeger, Brunna De Bem
Orientador(a): Chaves, Marcia Lorena Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212640
Resumo: Introdução: a demência é um desafio global, especialmente na América Latina. O diagnóstico precoce tem muitos benefícios e deve ser uma prioridade. No Brasil, ele é feito por especialistas na maioria dos casos. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar qual é o tempo médio entre o início dos sintomas até a avaliação com especialista e seus possíveis fatores relacionados. Métodos: trata-se de um estudo transversal de base de dados com 245 pacientes ambulatoriais com demência, em um hospital universitário do sul do Brasil, que avalia apenas indivíduos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O desfecho principal foi o tempo entre o início dos sintomas até a avaliação com o especialista, relatada pelos informantes na primeira consulta. Os indivíduos foram separados em dois grupos: tempo até a consulta menor e maior que 1 ano. A análise univariada foi usada para testar os possíveis fatores relacionados à avaliação tardia pelo especialista. Resultados: o tempo médio entre o início dos sintomas e a avaliação com o especialista foi de 3,3 ± 3,3 anos. Os indivíduos que chegaram para avaliação após 1 ano do início dos sintomas foram mais diagnosticados com demência devido à doença de Alzheimer, ao passo que aqueles que chegaram antes de 1 ano, foram diagnosticados com demência vascular e outros tipos de demência, tiveram início do quadro mais repentino e subagudo, sintomas neuropsiquiátricos na apresentação, progressão rápida, uso de álcool e antipsicóticos (p <0,05). Na análise multivariada, apenas alterações de personalidade e início rápido dos sintomas mostraram-se preditores para chegada mais precoce no especialista, mesmo controlando possíveis confundidores. Conclusão: este estudo evidenciou um longo tempo entre o início dos sintomas até a avaliação do especialista e indivíduos com alterações de personalidade e apresentação mais rápida dos sintomas foram encaminhados mais precocemente.