Saúde mental e funcionalidade psicossocial durante a pandemia da covid19 na população brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Serafim, Silvia Dubou
Orientador(a): Rosa, Adriane Ribeiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252565
Resumo: Apesar dos grandes avanços na medicina, as doenças infecciosas continuam sendo uma das maiores ameaças ao bem-estar da humanidade. A epidemia do SARS-CoV-2 que atualmente acomete todos os continentes, é o maior surto de pneumonia atípica desde a síndrome respiratória aguda grave (SARS) em 2003. A quarentena de comunidades inteiras, fechamento de escolas e isolamento social, além de sentimentos negativos como por exemplo, frustação e tédio, insegurança, medo ao desconhecido e medo de infectar-se, falta de perspectiva, excesso de informações e perda financeira mudaram abruptamente a vida cotidiana, trazendo várias consequências físicas e mentais. A COVID-19 pode afetar as pessoas de maneiras diferentes, com base em alguns fatores sociodemográficos e de saúde. Enquanto algumas pessoas sofrem mais, outras são capazes de aceitar a situação e de se recuperar em um curto período de tempo. A pandemia do SARS-CoV-2 também trouxe grandes limitações à pesquisa, pois dificultou a ida a campo, diminuiu a possibilidade de incursões em contextos de pesquisa, principalmente nos serviços de saúde, afetando o uso de técnicas que utilizam a palavra, o olhar e a empatia. Assim, essa tese teve como objetivo verificar a prevalência e determinantes da saúde mental e funcionamento psicossocial na população brasileira e comparar tais desfechos entre trabalhadores que atuaram em diferentes locais de trabalho durante a pandemia da COVID19. No primeiro artigo intitulado “Mental health, functioning and quality of life between work in the office and work from home employees during first wave of COVID19 in Brazil” verificamos o impacto da pandemia da COVID19 na saúde mental de trabalhadores que ficaram em casa (home office) e dos que continuaram sua rotina, trabalhando fora de casa e concluímos que durante a pandemia houve um impacto negativo na saúde mental tanto nos que trabalharam em casa, como os que trabalhavam fora de casa, porém os que trabalhavam em casa foram menos afetados. No segundo artigo intitulado “Validity and reliability of the Digital Functioning Assessment Short Test (D-FAST) in the general population” validamos a escala FAST para a versão digital e auto-aplicada. Também foi realizada uma análise de cluster onde foi classificada a funcionalidade em três clusters (baixo, médio e alto funcionamento) da população brasileira durante a pandemia da COVID19. A versão digital da FAST apresentou fortes propriedades psicométricas na amostra da população geral, indicando que o instrumento mede um construto multidimensional de funcionamento, incentivando seu uso por pesquisadores e clínicos em sua prática. Assim, podemos concluir que problemas de saúde mental e mau funcionamento psicossocial podem ser uma marca deixada por esta pandemia.