Resumo: |
Em março de 2020 se instalou a pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, trouxe diversos prejuízos para a saúde da população geral, com altas taxas de letalidade. Seus impactos não foram apenas para os indivíduos acometidos, pois resultou em grande sobrecarga física e mental para os profissionais de saúde que estavam atuando na linha de frente ao combate da doença, dentre eles, o fisioterapeuta. Objetivo: Avaliar a saúde mental de fisioterapeutas durante diferentes períodos da pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo transversal e analítico. A coleta dos dados ocorreu em dois momentos distintos: agosto e setembro de 2020 e abril a junho de 2022. Foram incluídos 280 fisioterapeutas que atuaram durante a pandemia de COVID-19, o recrutamento dos participantes ocorreu por chamamento público por meio de convite utilizando as redes sociais. Resultados: Os participantes apresentaram algum grau de comprometimento na saúde mental, principalmente no quesito estresse, e esse resultado foi semelhante independente do período de avaliação, demonstrando uma manutenção dos comprometimentos na saúde mental mesmo após o impacto inicial de um cenário pandêmico. Houve predomínio de mulheres (69%) com idade entre 25 e 35 anos, corroborando com achados da literatura que afirmam que as mulheres têm maiores comprometimentos na saúde mental, associado a fatores como carga horária total, condições de trabalho e atuação dupla (trabalho e casa). Sendo assim, o DASS-21 foi um instrumento de fácil aplicação e com resultados semelhantes na população geral. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que a pandemia do COVID-19 gerou uma carga ainda maior de prejuízos na saúde mental dos fisioterapeutas, levando a situações de maior pressão psicológica no meio laboral, tanto em 2020 quanto no ano de 2022. Palavras-chave: DASS-21. Saúde Mental. COVID-19. Fisioterapia. |
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