Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Meninato, Pablo |
Orientador(a): |
Comas, Carlos Eduardo Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/130696
|
Resumo: |
Ao iniciar um projeto, o arquiteto enfrenta duas condições aparentemente irreconciliáveis: em primeiro lugar, aspira criar formas novas e originais para distingui-las do realizado por seus antecessores, e, simultaneamente, deve assumir que a gestação dessas formas será afetada ou influenciada pelas imagens, memórias e idéias anteriormente assimiladas. Desde as origens, esses interesses supostamente antagónicos têm definido a evolução da arquitetura e das outras artes, marcadas pela tensão entre a herança das formas do passado e a busca das novas resoluções. A intenção desta pesquisa é identificar e analisar os processos projetuais iniciados a partir da seleção das formas, imagens ou idéias pré-existentes, e que, apelando à diversos procedimentos miméticos, incentivem a geração de instâncias originais. Para tal fim, este estudo pressupõe que as atividades listadas são plausíveis de ser consideradas sob o domínio do tipo, entendido como uma estratégia para a realização de novas iterações geradas a partir do conhecimento das formas passadas. Na primeira instância, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma reavaliação do que constitui o conceito de tipo, as origens do vocábulo, a sua historiografia, a sua aplicação em outras disciplinas, e sua consideração na teoria e prática da arquitetura dos últimos dois séculos. De acordo com as definições inauguráis do Quatremère de Quincy no início do século XIX, a característica distintiva que define qualquer discussão sobre o tipo é sua condição polissêmica. O tipo, portanto, pode ser assumido em resposta à questão das origens da arquitetura, como uma estratégia para a construção de classificação do inventário edilício, e também como uma tática projetual sustentada pela doutrina aristotélica da mimesis. A segunda área de pesquisa é dedicada a examinar a condição do tipo como agente mimético, ou seja, como um propulsor do processo de desenho. Para este fim, se establece uma definição expansiva do conceito, mas não entendido apenas como uma tipologia edilicia, mas também, como uma categoria que pode incluir qualquer classe de elementos, objetos, maquinarias ou mesmo formações biológicas. A partir desta definição renovada do território do tipo, este trabalho procede a discutir e examinar diversas táticas miméticas, como são a distorção, a magnificação, a fragmentação ou a justaposição tipológica. Um tema que se dedicou especial atenção é a tática do deslocamento do tipo, questão que sugere possíveis correspondências com o procedimento do readymade inaugurado por Marcel Duchamp. Embora, deve-se notar que tanto o deslocamento tipológico e o readymade atuam desde as particularidades das respectivas disciplinas, ambos preceitos concordam na reavaliação de questões como originalidade, semelhança, figurativismo e mudança do significado. |