Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Volpatto, Vanessa Loss |
Orientador(a): |
Kessler, Felix Henrique Paim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/229366
|
Resumo: |
Os Transtornos por Uso de Substâncias (TUS) estão entre os transtornos psiquiátricos mais prevalentes no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o planeta usa, abusivamente, alguma substância psicoativa. Segundo dados do Global Drug Survey (GDS) COVID-19, no Brasil, durante a pandemia, observou-se o aumento nos consumos de 17.2% de maconha; 7.4% de cocaína e 12.7% de benzodiazepínicos, 13,1% de álcool (um pouco abaixo da média mundial de 13,5%). Entretanto, o uso abusivo pode acarretar na perpetuação do sofrimento psicológico, tornando-se assim, um ciclo vicioso. Em relação a traumas precoces, sua ocorrência em períodos prévios do desenvolvimento são associados a piores desfechos entre os usuários de Substâncias Psicoativas (SPAs) e maiores escores de impulsividade. O artigo 1 deste estudo buscou realizar uma comunicação breve a partir da literatura científica em relação ao aumento do uso de drogas fumáveis durante a pandemia de COVID-19 e demonstrou também os riscos ao organismo decorrentes de seu consumo, além do possível aumento de morbimortalidade, em caso de comorbidade com essa grave infecção viral. O artigo 2 avaliou o trauma infantil através do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) e os níveis de impulsividade pelo Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11) através de Análise de Rede (AR) em 686 usuários de SPAs. Os resultados descobertos pelo artigo 1 mostraram o aumento do uso de SPAs fumáveis, o que implica em maior risco de contágio por COVID-19 e também em gravidade do TRS. Os resultados do artigo 2 apontam fraca relação entre traumas e impulsividade em todos os grupos, exceto entre monousuários de Crack/Cocaína (MC), sendo o aspecto motor desta, o eixo central da rede de impulsividade. Traumas de abuso físico e emocional possuem conexões próximas e fortes em todos os grupos, porém, os grupos MC e de Poliusuários de Álcool e Crack/Cocaína (PAC) apresentam maior intensidade em comparação a rede de monousuários de Álcool (MA). Em relação à impulsividade, em todas as redes, as centralidades foram evidenciadas pelo aspecto motor da impulsividade, entretanto, a rede MA apresentou menor intensidade em relação a rede MC e PAC. Nossos resultados sugerem que o trauma infantil e maiores níveis de impulsividade são comuns na população com TRS; não se pode estabelecer uma relação causal entre ambos, porém é sugerida a intervenção precoce em traumas atuais e anteriores, podendo melhorar o prognóstico de condições de sofrimento psíquico, independente da sua natureza. |