Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Perseu, Gianluca Mascali |
Orientador(a): |
Caron, Daniele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234909
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Resumo: |
Amplamente visadas por ações de planejamento estratégico, orlas urbanas ao redor do planeta vêm se consolidando, nas últimas décadas, como loci privilegiados de inserção de paisagens citadinas em um mercado global de imagens e, ulteriormente, em uma economia neoliberal de desejo. Apesar das constantes promessas de experiências e arquiteturas singulares pelo city marketing, o idêntico prolifera-se no mundo urbano, imbricado tanto nas paisagens do espetáculo quanto naquelas da precariedade. Sem refutar os agenciamentos subjetivos da produção urbana formal, as enunciações do marketing digital e a performatividade de algoritmos em redes sociais online dão pistas de modelizações para além da paisagem concreta. São pasteurizadas as possibilidades da própria experiência urbana ordinária, bem como suas formas de significação, transmissão e escuta. Em busca de operar tal problemática, armou-se um plano teórico ancorado em três conceitos: a paisagem como categoria de apreensão do espaço e fenômeno sensível; as tecnologias de informação e comunicação como mediações técnicas dos sentidos e dispositivos de controle; e a narrativa como perspectiva teórico-metodológica para uma investigação política da experiência — e, portanto, da paisagem. Foram exploradas as paisagens de orla de Porto Alegre como objeto empírico de conhecimento por meio de postagens da rede social online Instagram, visando investigar processos de subjetivação na produção de paisagens urbanas em uma contemporaneidade neoliberal. À procura de apreender a realidade social como fricção de diferenças, adotou-se a montagem como procedimento formal de composição com narrativas heterogêneas, com a qual se construiu e se aplicou um método para acompanhar, registrar, recortar, compor, rasgar e, assim, interpretar a paisagem como palimpsesto polifônico e polissêmico. Discutem-se, enfim, alguns atravessamentos surgidos da interpretação de narrativas online: a produção de autoridade para instaurar bordas sociais; de cansaço como dispositivo de controle; de espetáculo para modular o desejo; e de lisura para operar apagamentos. Esses atravessamentos são compreendidos como aberturas para desnaturalizar e ampliar a discussão sobre a produção de paisagens urbanas no século XXI. |