Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Machado, Jeferson Luís |
Orientador(a): |
Abreu, Sabrina Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/150403
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Resumo: |
Atualmente, deparamo-nos com um número imensurável de nomes de ocupação laboral que perfazem distintos campos de atuação profissional. Tais nomes são formados por diferentes afixos, entre os quais estão aqueles que norteiam esta pesquisa, isto é, os sufixos –eiro e –ista. Esses formativos unem-se a determinadas bases, como substantivos, adjetivos e verbos para dar forma a diferentes nomes de ocupação que, em princípio, parecem apresentar concorrência, ou seja, nomes de ocupação que carregam, em termos semânticos, valores que os colocam em lados opostos. De um lado, temos nomes de ocupação que – do ponto de vista social, cultural e econômico – são mais valorizados e prestigiados; de outro, nomes de ocupação que representam menor prestígio social e que são menos valorizados. No entanto, há formações que parecem destoar dessa classificação, ou seja, há nomes de ocupação laboral formados por –eiro que não atendem à descrição semântica inicial proposta para esse afixo, isto é, ocupações que não carregam sentido de „menor prestígio‟, como, por exemplo, engenheiro, da mesma forma que muitos nomes de ocupação decorrentes da sufixação em – ista não remetem ao valor de „maior prestígio‟, como nos nomes de ocupação recepcionista e frentista, por exemplo. Tais constatações levaram-nos a perceber que, como esclarece Corbin (1987), a estrutura morfológica e a interpretação semântica de uma palavra construída é algo que ocorre conjuntamente, de modo associativo, não isoladamente. Neste contexto, objetivando realizar uma análise mais aprofundada, que esteja amparada por um referencial teórico que dê conta de descrever aspectos morfossemânticos, isto é, que congregue, de maneira conjunta, operações morfológicas, sintáticas e semânticas, o presente estudo visa a analisar os sufixos –eiro e –ista na construção de nomes de ocupação laboral. A fim de descrever esse fenômeno linguístico, adotamos o modelo de Morfologia Construcional de Corbin (1987), para a descrição morfológica, e o modelo semântico de Chafe (1979), para a descrição dos traços semânticos dos referidos sufixos e das bases a que se unem para a construção de nomes de ocupação. Para a recolha e extração do corpus, isto é, dos nomes de ocupação formados pelos sufixos –eiro e –ista são utilizadas quatro diferentes fontes: o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa e os sites de procura e oferta de empregos Catho, InfoJobs e SINE, as quais possibilitaram a composição de listagens de diferentes nomes de ocupação formados pelos referidos afixos. Os resultados alcançados mostram que os nomes de ocupação construídos pelos sufixos –eiro e –ista não concorrem entre si, isto é, tais nomes não constituem formas concorrentes. O que temos, na realidade, são formas co-ocorrentes, ou seja, nomes de ocupação que ocorrem de maneira independente em diferentes contextos de uso. |