Forma Verborum: abordagem construcional dos sufixos prédesinenciais de verbos latinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barbosa, Luiz Pedro da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14540
Resumo: Este trabalho é resultado da pesquisa desenvolvida no âmbito do Doutorado em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal Fluminense. O objeto de pesquisa é composto pelas construções formadas por três sufixos derivacionais, que se situam entre o radical e os morfemas flexionais de verbos em língua latina, razão pela qual são denominados pré-desinenciais. Esses sufixos são: -ta frequentativo, presente em verbos como rogito, - are (perguntar repetidamente); -sc incoativo, presente em verbos como floresco, -ere (florescer); -turi meditativo, presente em verbos como parturio, -ire (estar prestes a parir). Tais morfemas veiculam traços semânticos aspectuais ao verbo e compõem uma categoria derivacional, intitulada forma uerbi (forma do verbo), por gramáticos da Antiguidade, como Donato e Dositeu. Os principais objetivos desta pesquisa são descrever a construção de forma do verbo no Latim; levantar e descrever os processos de mudança por que passam os verbos que compõem essa construção. Para tal, o arcabouço teórico que orienta o trabalho é da Linguística Funcional Centrada no Uso, com a abordagem construcional da linguagem (TRAUGOTT & TROUSDALE, 2013; HILPERT, 2014) e com a morfologia construcional (BOOIJ, 2013; 2018). Os dados de uso consistem em um conjunto de textos latinos, produzidos entre os séculos III a.C. e V d.C., que conta com autores diversos, de gêneros diversos. A análise dos dados mostra a ocorrência de processo de construcionalização observável em boa parte dos verbos frequentativos, operada pelos mecanismos de neoanálise, responsável pela perda de composicionalidade e fusão do sufixo ao radical do verbo, e de analogização, responsável pela vinculação das microconstruções a um subesquema de forma do verbo sem sufixo. Processo semelhante não pode ser observado nos verbos incoativos e meditativos, sobre os quais não se observa mudança no corpus